“A vacina será primeiramente dada para trabalhadores da área da saúde e professores”, disse Murashko, afirmando também que a vacinação não será obrigatória.
O Ministério da Saúde russo ainda afirmou que mais de 20 países já encomendaram doses do medicamento. A expectativa é que a população civil do país comece a ser vacinada a partir do dia 1º de janeiro de 2021, segundo um registro no site do ministério da saúde russo.
Vacina foi aprovada, mas testes começam agora
Embora já tenha sido aprovada, a vacina russa deve iniciar sua terceira fase de testes, com 40 mil voluntários, nesta semana, segundo informações publicadas no Clinical Trials, site do governo americano que compila estudos clínicos privados e públicos conduzidos em todo o mundo.
Dos 40 mil voluntários, a expectativa é que 30 mil participantes recebam a vacina, e os outros 10 mil, um placebo (substância inativa), para servir de grupo de controle. Murashko declarou que já foram recrutadas cerca de 2,5 mil pessoas para os testes.
O ministro ainda disse que a produção da vacina caminha paralelamente ao monitoramento, pós-registro, da eficácia da imunização.
“Quanto à vacinação contra o coronavírus, neste momento, simultaneamente, o aumento da produção e a observação pós-registro estão em andamento. Em primeiro lugar, claro, as vacinas serão fornecidas para profissionais de saúde e professores, e isso [vacinação] será absolutamente voluntária”, declarou.
Vacina ainda levanta dúvidas
A “Sputnik V” ganhou os noticiários mundiais não apenas por ter sido a primeira vacina contra a Covid-19, mas também pelas críticas da comunidade cientifica internacional, que questiona a falta de estudos que comprovem a eficácia e segurança da vacina.
De acordo com o último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado em 28 de agosto, 33 vacinas contra o coronavírus estão em fase de testes e outras 176 estão em desenvolvimento. Das 26 em testes clínicos, 6 estão na última fase.