Com o acelerado crescimento demográfico observado em Angola nos últimos anos em razão do forte processo imigratório e da alta taxa de fecundidade no país com uma média de 5,5 filhos por mulher, estima-se que na atualidade existam cerca de 30.000 indivíduos com fissura em toda a nação, representando portanto um problema de saúde pública.
Estudos sugerem que a população deve atentar-se para evitar os principais fatores ambientais de risco que incluem: ingestão de bebidas alcoólicas, tabagismo, alimentação com deficiência vitamínica e uso de drogas anticonvulsivantes (fenitoína) principalmente. Acredita-se ainda que, a corticosterona liberada durante o estresse, os medicamentos benzodiazepínicos, vírus influenza da gripe, o vírus do sarampo, a febre relacionada a estes vírus, radiação ionizante e agentes químicos presentes em pesticidas contribuam para elevar o risco de desenvolver fissura.
Pesquisadores do assunto ressaltam a importância do planejamento da gravidez como a principal de todas as medidas preventivas a serem seguidas para diminuir este risco, sendo primordial o acompanhamento médico pré-natal com suplementação vitamínica sobretudo de ácido fólico.
Marcos Roberto Tovani Palone – Cirurgião-dentista, Especialista em Odontopediatria, Mestrando em Ciências da Reabilitação, Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo, Bauru, Brasil.
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