A Assembleia da República de Moçambique aprovou hoje por unanimidade e aclamação, em definitivo, a lei do acordo político para pacificar o país, que prevê rever a Constituição e os poderes do Presidente.
O acordo político para pacificar Moçambique prevê a revisão da Constituição da República e dos poderes do Presidente, e indultos aos condenados no âmbito das manifestações pós-eleitorais, conforme proposta de lei a debater quarta-feira no parlamento.
O ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane anunciou um acordo com o Presidente moçambicano para cessar a violência a partir de hoje, inclusive contra polícia e membros do partido Frelimo, e garantias de assistência médica aos feridos durante protestos.
O líder rebelde que mantém um violento conflito armado no leste da República Democrática do Congo garantiu que as sanções internacionais e o acordo sobre minerais proposto por Kinshasa aos EUA, em busca da paz, não param os combates.
Os Presidentes da República Democrática do Congo e do Ruanda reuniram-se hoje no Qatar, onde discutiram o conflito no leste da RDCongo que opõe as forças governamentais ao Movimento 23 de Março (M23), apoiado pelo Ruanda.
Alberto Quechinacho disse que têm surgido algumas dísparidades, nomeadamente de que Mondlane já não se encontraria em território angolano. O advogado de Mondlane refere que este "não está em fuga".
A Procuradoria-Geral da República (PGR) de Moçambique aplicou hoje a medida de termo de identidade e residência a Venâncio Mondlane, num processo em que o Ministério Público acusa o político de incitação à violência nas manifestações pós-eleitorais.
O ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane submeteu esta terça-feira ao Ministério Público (MP), em Maputo, uma queixa-crime contra o Presidente da República, Daniel Chapo, acusando-o de instigação à violência no seu discurso sobre "jorrar sangue" para travar protestos.