"A cena passou-se à minha frente na terça-feira passada no bairro Modoua", afirmou Jean-Sylvestre Tchya, de 35 anos, dando o exemplo de um muçulmano que foi "surpreendido por um grupo de pessoas que o linchou e decapitou com um machete".
Partes do seu corpo foram comidas pelos atacantes, disse a testemunha.
Durante os atos de violência e as pilhagens das últimas semanas, seguiram-se linchamentos com mutilações de corpos em vários bairros de Bangui.
O Presidente Djotodia, acusado pela comunidade internacional de passividade face à violência inter-religiosa no seu país, pediu a demissão na sexta-feira em N"djamena, na capital do Chade, sob pressão dos dirigentes da África Central que o haviam convocado para uma reunião extraordinária.
Depois da deposição, em março de 2013, do Presidente François Bozizé por uma coligação dominada por muçulmanos, a Séléka, dirigida por Djotodia, a República Centro-Africana entrou numa espiral de violência comunitária e inter-religiosa sob a passividade das instituições de transição.
LUSA