O coronel Mamadou Ndala e dois dos seus guarda-costas foram mortos "aparentemente" por militantes da Aliança de Forças Democráticas e do Exército Nacional de Libertação do Uganda, disse o porta-voz do Governo congolês, Lambert Mende, considerando tratar-se de "uma enorme perda para as forças armadas e a república".
Segundo a mesma fonte, o coronel Ndala "estava a dirigir-se para Eringeti, para instalar um batalhão de comandos, quando o seu jipe caiu numa emboscada", ao que tudo indica levada a cabo por um dos grupos rebeldes armados que há mais tempo está activo no Leste da República Democrática do Congo.
O ataque registou-se em Matembo, localidade na rica e instável província de Kivu Norte, onde operam várias dezenas de grupos armados locais e estrangeiros, nomeadamente do Uganda.
"Um morteiro vindo do lado direito da Estrada atingiu o nosso jipe, acompanhado por armamento pesado. Disparei até ficar sem munições, mas os agressores continuavam a avançar", relatou à agência francesa AFP Paul Safari, outro dos guarda-costas do coronel.
Um jornalista da AFP constatou no local que cinco outros militares congoleses envolvidos nos confrontos com os rebeldes ugandeses ficaram feridos, tendo sido transferidos para o hospital da cidade de Beni, capital de província, a uma dezena de quilómetros a sul de Matembo.
Um responsável da missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (MONUSCO), que presta assistência militar e logística ao Exército local, confirmou a emboscada e a troca de tiros entre os rebeldes do Uganda e as forças regulares congolesas, classificando a situação no território como "complicada".
VIDEO em-baixo
Lusa / A24