"Serão publicadas durante os próximos dias no Diário Oficial novas normas jurídicas que colocarão em vigor a política para a importação de veículos motorizados, segundo foi aprovada na quarta-feira na reunião do Conselho de Ministros", afirma o diário.
O jornal destacou que, em consequência, será liberada a venda a varejo de motos, carros, furgões de carga, caminhonetes e micro-ônibus, novos e de segunda mão, para cubanos e estrangeiros residentes na ilha comunista, assim como para entidades estrangeiras e diplomáticas, estabelecendo "preços varejistas semelhantes aos do mercado entre particulares".
A medida, aprovada dois anos depois que Raúl Castro permitiu a compra e venda de carros usados, também autorizará a compra e venda de motores e carrocerias entre particulares e a venda de carrocerias resultantes da desmontagem de veículos.
As novas normas deixam sem efeito as carteiras de motorista que o ministério do Transporte entregava a alguns cubanos, principalmente músicos, médicos e outros profissionais, que cumpriam missões no exterior, para poder adquirir um carro.
O jornal admitiu que esse mecanismo "burocrático" gerou durante anos "inconformidade, insatisfação e, não em poucos casos, virou uma fonte de especulação e enriquecimento,", pois muitos cubanos vendiam as referidas carteiras, inclusive antes de comprar o veículo.
No entanto, o jornal destacou que "a venda liberada será implementada de maneira gradual e paulatina, e nela terão prioridade quem atualmente possui carteiras de autorização".
Segundo o Granma, com o resultado das vendas, "será criado um fundo especial para o desenvolvimento do transporte público", serviço que tem muitos problemas na ilha.
AFP