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Quarta, 23 Março 2016 21:26

Eleições no Congo: Sassou Nguesso lidera com 67,02% e a oposição contesta resultados

Um dos candidatos derrotados, o general Jean-Marie Mokoko, contestou hoje os resultados parciais das presidenciais de domingo na República do Congo (Congo-Brazzaville) que dão como vencedor o Presidente cessante, Denis Sassou Nguesso.

A Comissão Eleitoral Nacional Independente (ISEC) anunciou na terça-feira resultados parciais relativos a 59% dos votos, indicando que Denis Sassou Nguesso liderava com 67,02% dos votos, seguido do candidato da oposição Guy Brice Parfait Kolelas com 16%. Ao general Mokoko eram creditados 7% dos votos.

"Como é que querem que eu aceite um tal resultado", lamentou o candidato da oposição questionado pela agência France Presse em Brazzaville, apelando a "uma recontagem dos votos".

"Eu sabia com antecedência que havia batota, mas aceitámos jogar o jogo", adiantou Mokoko, que até fevereiro foi conselheiro do Presidente Sassou Nguesso para os assuntos de paz e segurança e cujos colaboradores denunciam um "golpe de Estado eleitoral".

Há 32 anos à frente do país Denis Sassou Nguesso disputou no domingo, frente a outros oito candidatos, um novo mandato presidencial, após uma alteração da Constituição que permitiu a sua candidatura.

Cinco candidatos da oposição, entre os quais Kolelas e Mokoko, assinaram um pacto eleitoral comprometendo-se a apoiar na segunda volta quem de entre eles estivesse melhor colocado para enfrentar o presidente cessante.

Segundo aqueles candidatos, a "rejeição" do Presidente que diziam sentir no país era tão forte que Sassou Nguesso não conseguiria ganhar à primeira volta a não ser que fizesse batota.

Os candidatos da aliança contra Sassou Nguesso, não acreditando na independência da comissão eleitoral, criaram a sua "comissão técnica" encarregada de vigiar a votação e compilar os resultados.

A União Europeia não enviou observadores eleitorais às presidenciais do Congo-Brazzaville por considerar que não estavam reunidas as condições para um escrutínio transparente e democrático.

© Lusa

 

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