“A China decidiu providenciar um total de USD 60 bilhões em fundos de apoio, que inclui USD 5 bilhões em empréstimos isentos de juros e USD 35 bilhões para empréstimos concessionais e crédito à exportação, com condições preferenciais”, disse Xi.
“A China vai implementar dez planos de cooperação com África nos próximos três anos”, referindo que os USD bilhões serão usados para assegurar que os planos são implementados
“Estes planos são destinados a lidar com três questões que travam o desenvolvimento de África, nomeadamente as infraestruturas, a falta de mão de obra profissional e qualificada e a falta de financiamento”, acrescentou o presidente chinês, citado pelo International Business Times.
O Presidente chinês, que falava no arranque da cimeira do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), que decorre até amanhã, adiantou também que a China irá negociar acordos de livre comércio com África para promover as importações do continente e apoiar a indústria agrícola de modo a criar mais empregos.
“A China acredita firmemente que a África pertence aos povos africanos e que os problemas africanos devem ser resolvidos pelos povos africanos”, acrescentou ainda o chefe de Estado chinês.
Na apresentação desta cimeira, na segunda-feira, o embaixador chinês em Luanda, Cui Aimin, revelou que decorrem reuniões entre grupos técnicos da China e Angola que visam alcançar acordos monetários (troca de moeda), de investimentos recíprocos e de facilitação de vistos entre os dois países.
“Temos boas perspectivas para o futuro da nossa cooperação”, sublinhou o embaixador Cui Aimin, relativizando o arrefecimento económico actual em Angola, fruto da crise do petróleo.
A representação angolana é liderada pelo presidente José Eduardo dos Santos, que voltou a reunir-se ontem com o seu homólogo chinês, depois da sua visita a Pequim em Junho último, em que foi garantido um novo empréstimo da China a Angola, de USD seis bilhões.
Lusa
