No final da manhã, Diendéré Gilbert, ex-Chefe do Estado Maior e braço direito do antigo presidente Blaise Compaoré, foi nomeado presidente do Conselho Nacional de Democracia (CND) pelos golpistas, tornando-se assim o novo líder do país.
Os golpistas, em seguida, anunciara toque de recolher das 19:00-06h00, e fechamento das fronteiras do país. Em Ouagadougou, um jornalista francês informou ouve som artilharia pesada no centro da cidade, e qualquer reunião de pessoas foi proibida.Presidente Blaise Compaoré que foi derrubado em outubro de 2014, após 27 anos à frente do país.
Para novo homem forte de Burkina declarou a nossa redação que tomaram medidas para evitar a desestabilização do país e em relação a prisão do presidente de transição, Michel Kafando, e seu primeiro-ministro, Isaac Zida, General Diendéré Gilbert explica que "eles foram colocados sob prisão domiciliar" desde ontem. "Eles serão libertado nas próximas horas, afirmou.
General Gilbert Diendéré é patrão de regimento das guardas presidencial a temida (RSP) acusada por movimentos de direitos humanos de estar por detrás de várias execuções extrajudiciais.
Após uma reunião de consulta, os partidos políticos de Burkina Fasso declararam para a desobediência civil até o retorno de presidente de transição Michel Kafando, de acordo com um líder da oposição, citado pela imprensa local.
UE reclama libertação imediata do presidente do Burkina Faso
A União Europeia reclamou hoje a libertação imediata do Presidente interino e dos membros do Governo do Burkina Faso feitos reféns pelos militares, advertindo que estes desenvolvimentos ameaçam o processo de transição para as eleições de 11 de outubro.
"Qualquer tentativa de afastar as autoridades da transição com recurso à força ou qualquer ação contra a paz e segurança do país foram condenadas pelo conjunto da comunidade internacional. A UE apela à libertação imediata das pessoas detidas e ao respeito da transição e do interesse geral", lê-se num comunicado hoje divulgado pela Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros.
A chefe de diplomacia europeia, Federica Mogherini, acrescenta que a UE "apoia os esforços em curso" dos representantes das Nações Unidas (ONU), União Africana (UA) e Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) "para atingir esse objetivo".
A ONU, a União Africana e a CEDEAO já exigiram na quarta-feira a libertação imediata do Presidente interino do Burkina Faso e do primeiro-ministro, feitos reféns no mesmo dia por militares, em Ouagadougou.
O golpe de quarta-feira, protagonizado por militares do Regimento de Segurança Presidencial (RSP), a guarda pretoriana do ex-Presidente Blaise Compaoré, deposto em outubro de 2014, após 27 anos no poder, ocorreu duas semanas antes das eleições presidenciais e legislativas, previstas para 11 de outubro, que vão acabar com o período de transição.