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Quinta, 17 Setembro 2015 09:29

Confirmação de Golpe de Estado no Burkina Faso

Porta voz dos golpistas, tenente-coronel Mamadou Bamba Porta voz dos golpistas, tenente-coronel Mamadou Bamba

Portanto, foi mesmo um golpe de Estado. Depois de uma noite de incerteza, um representante dos militares golpistas anunciou nesta quinta-feira 17 de setembro para a televisão Burkinabe, a demissão do presidente interino Michel Kafando, e a dissolução do governo.

Porta voz dos golpistas, tenente-coronel Mamadou Bamba apareceu na televisão nacional para declarar que um novo "Conselho Nacional da Democracia" pôs fim "ao regime desviante da transição" e que "o presidente da Transição foi demitido das suas funções".

 "O Governo da Transição (...) e o Conselho nacional da Transição foram dissolvidos. Amplas conversações estão a ser levadas a cabo para formar um Governo (...), para levar a eleições inclusivas e apaziguadoras", disse. 

Esta não é a primeira vez que o RSP, unidade de elite considerado como um exército dentro do exército, tentando sabotar a transição. O incidente ocorre dois dias depois de a Comissão de Reconciliação Nacional ter recomendado que o RSP fosse dissolvido e lhe fossem retiradas as funções de proteger o chefe de Estado o país.

A guarda presidencial RSP (UGP em Angola) foi acusada por movimentos de direitos humanos de estar por detrás de várias execuções extrajudiciais.

O presidente do Conselho Nacional de Transição, Cherif Sy, pediu na rádio RFI " a mobilização imediato da população contra esta traição". "É uma questão de equilíbrio de poder! "Ele denuncio " golpe de estado" pela unidade das guardas presidencial do antigo presidente Blaise Compaoré.

A ONU, a União Africana (UA) e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAI) exigiram na quarta-feira a libertação imediata do Presidente interino do Burkina Faso e do primeiro-ministro feitos reféns no mesmo dia por militares em Ouagadougou.

Estão marcadas para outubro eleições no Burkina Faso, para pôr fim à transição civil iniciada há um ano, após os protestos populares que acabaram com quase três décadas de ditadura de Blaise Compaoré, responsável pelo assassínio do ex-presidente Thomas Sankara.

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