"Pedimos aos que vêm de fora que, por favor, regressem aos seus países", disse o rei do maior grupo étnico da África do Sul, onde ocorrem com frequência ataques xenófobos contra os numerosos imigrantes africanos e asiáticos.
O rei Zwelithini acusou o governo local de não proteger os sul-africanos da "influência de estrangeiros" e lamentou que os imigrantes tenham agora as lojas que antes eram geridas pelos locais.
O monarca, cuja autoridade é reconhecida pela Constituição e que recebe dinheiro do Estado, lembrou que durante o regime segregacionista do "apartheid" muitos sul-africanos negros estiveram exilados noutros países africanos.
"Mas a questão é que vocês não montaram negócios nos seus países", assinalou o rei, num discurso sobre "regeneração moral".
As palavras do rei dos zulus foram criticadas por coletivos de imigrantes somalis, congoleses e de outras nacionalidades residentes na África do Sul, que criticaram os constantes ataques verbais e agressões que sofrem devido à sua origem.