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Sábado, 08 Novembro 2014 17:37

Missão de observação da UE reafirma existência de irregularidades nas eleições em Moçambique

A Missão de Observação Eleitoral da União Europeia (MOE - UE) reafirmou que uma série de irregularidades mancharam o processo das eleições gerais em Moçambique realizadas em 15 de Outubro. As eleições legislativas foram ganhas pelo partido Frelimo, no poder, e as presidenciais pelo seu candidato Filipe Nyusi, informa a AIM.

Um comunicado de imprensa da União Europeia (UE) aponta casos de restrições localizadas de movimento dos observadores e de representantes de partidos políticos e de acesso à informação.

"Muitas dessas irregularidades, publicamente reconhecidas pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), descredibilizaram o processo de apuramento de resultados, principalmente em quatro províncias", avança o comunicado.

Contudo, a UE acredita que as autoridades responsáveis pela adjudicação de queixas eleitorais poderão ainda contribuir para identificar e rectificar algumas das principais deficiências.

A CNE enviou terça-feira, ao Conselho Constitucional (CC), órgão máximo em matérias de direito constitucional e eleitoral, o 'dossier' sobre as eleições gerais realizadas a 15 de Outubro último, no país. Assim, o CC deverá dar o seu parecer sobre o escrutínio em Dezembro.

"Mesmo que as projecções de resultados, por parte de organizações da sociedade civil credíveis, confirmem os resultados do apuramento oficial provisório, a Missão de Observação Eleitoral da União Europeia considera que os problemas registados durante o processo de apuramento, e os actos de violência e de intolerância política observados durante a campanha eleitoral, evidenciam a necessidade de importantes melhoramentos para futuros pleitos eleitorais em Moçambique", refere o comunicado.

A Missão que está a terminar as suas actividades de observação em Moçambique promete, brevemente, distribuir o relatório final com recomendações e uma análise detalhada do processo.

Filipe Nyusi obteve 2.761.025 votos, o que  corresponde a 57.03 por cento de votos válidos, contra 1.762.260, equivalentes a 36.61 por cento, de Afonso Dhlakama, líder da Renamo. Daviz Simango, do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), recebeu 306.884 votos, o correspondente a 6.36 por cento.

Nas legislativas, a Frelimo conseguiu 144 assentos, Renamo 89 e MDM 17. Quanto as assembleias provinciais, a Frelimo tem 485 lugares, contra 295 da Renamo e 31 do MDM.

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