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Segunda, 19 Mai 2014 23:26

EUA anunciam fim do uso de campanhas de vacinação para espionagem

Os Estados Unidos se comprometeram a não usar mais campanhas de vacinação como disfarce para atividades de espionagem, como fez para localizar o líder da Al-Qaeda Osama Bin Laden e coletar mais informações sobre seu esconderijo no Paquistão, anunciou uma fonte da Casa Branca nesta segunda-feira.

O diretor da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA, na sigla em inglês), John Brennan, decidiu desde agosto de 2013 que "a CIA não utilizará os programas de vacinação com fins operacionais", garantiu a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Caitlin Hayden.

Além disso, a CIA "não buscará obter, ou explorar o DNA, ou outros elementos genéticos adquiridos durante tais programas", disse Hayden à AFP, acrescentando que "essa política se aplica a todo mundo, tanto aos americanos, quanto aos não americanos".

O anúncio foi feito no momento em que funcionários de campanhas de vacinação em andamento no Afeganistão e no Paquistão estão sendo atacados pelos insurgentes talibãs por encobrirem, segundo eles, atividades de espionagem.

A CIA tentou confirmar a presença do então líder da rede Al-Qaeda Bin Laden no Paquistão, promovendo uma falsa campanha contra hepatite. Para isso, chegou a recrutar um médico paquistanês. Bin Laden foi assassinado em maio de 2011 durante uma operação clandestina de comandos americanos de elite na cidade paquistanesa de Abbottabad, onde ele estava escondido.

Há um ano e meio, grupos armados multiplicam os ataques a campanhas de vacinação nesse país, onde foi detectada uma epidemia de pólio. A ONU chegou a declarar "estado de emergência de alcance global". Os ataques já deixaram 56 mortos desde dezembro de 2012.

AFP - Agence France-Presse

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