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Segunda, 19 Mai 2014 23:20

Base da Força Aérea líbia anuncia união ao general Khalifa Hifter renegado

TRÍPOLI  - Uma base da Força Aérea da Líbia na cidade de Tobruk, leste do país, decidiu unir forças com um general renegado que vem combatendo militantes islâmicos, de acordo com um comunicado publicado nesta segunda-feira.

"A base da Força Aérea em Tobruk vai se unir... ao Exército sob o comando do general Khalifa Qassim Haftar", disse o comunicado publicado em sites de mídia social. Funcionários da base aérea confirmaram a informação.

A Líbia também prorrogou até 25 de maio o fechamento do aeroporto na cidade de Benghazi, a mais importante no leste do país, por causa da instabilidade na região, disse o diretor do aeroporto. A área foi atacada durante a noite com foguetes Grad.

Milícias islâmicas se mobilizam contra general na Líbia

O presidente do Parlamento da Líbia, Nouri Abu Sahmein, ordenou nesta segunda-feira que as milícias dirigidas por islamitas se mobilizem para impor o controle na capital Trípoli depois de forças leais a um general invadiram o edifício-sede do poder legislativo ontem. A medida aumenta a possibilidade de um enfrentamento entre as milícias rivais.

No domingo, as milícias de Hifter invadiram o parlamento e saquearam o edifício, retirando-se depois ao sul da capital, onde se chocaram com rivais que vitimou duas pessoas e feriu outras 50. O bando de Hifter declaração a suspensão da legislatura e a cessão do poder a 60 membros eleitos recentemente para redigir a Constituição.

A rebelião do general Khalifa Hifter ameaçar expor as divisões que marcam a nação desde a deposição e morte do ditador Muamar Kadafi.

Nos últimos três anos, numerosas milícias tomaram conta da nação do norte da África, algumas delas com ideologias extremistas próximas à Al-Qaeda. Por sua vez, o governo central quase não exerce autoridade e as forças armadas e a polícia seguem deterioradas desde a guerra civil que derrubou Kadafi.

Na semana passada, Hifter colocou-se como um nacionalista disposto a restaurar a ordem no país. Ele prometeu esmagar os islâmicos, acusando-os de tomar o controle do país e abrir a porta para os extremistas de inspiração da Al-Qaeda. O general apoiava Kadafi, mas rebelou-se contra o ditador em 1980 e viveu nos Estados Unidos durante anos antes de voltar a juntar-se a revolta que o derrubou em 2011.

O general parece aproveitar a frustração pública generalizada com a impotência do governo e a influência dos islâmicos. Os oponentes, por sua vez, o acusam de querer tomar o poder.

Reuter

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