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Quarta, 08 Janeiro 2020 17:30

Caso Isabel dos Santos não suscita “preocupação especial” ao Governo português

Secretário de Estado da Economia diz que o caso está fora da esfera das autoridades nacionais. Mas garante que o Governo está atento

Como é que o Governo português vê o caso Isabel dos Santos? “Não há preocupação especial” responde o secretário de Estado da Economia João Correia Neves ao Expresso à margem da visita à Heimetextil, a maior feira de têxteis lar do mundo, a decorrer na cidade alemã de Frankfurt. E justifica esta posição oficial: “É um caso que não está no âmbito da ação ou das decisões do Governo nem das autoridades portuguesas”.

É verdade que a atenção do governo de Angola aos negócios da filha do antigo presidente José Eduardo dos Santos “pode mexer sobre alguns dos seus investimentos em algumas áreas em Portugal”, admite João Correia Neves ao Expresso. Contudo, será “sempre de forma muito lateral” acrescenta o governante. João Correia Neves refere, no entanto, que o governo português “está a acompanhar a evolução da situação atentamente”.

Na semana passada, o Tribunal Provincial de Luanda decretou o arresto preventivo de contas bancárias pessoais da empresária angolana Isabel dos Santos, de Sindika Dokolo e Mário da Silva, além de nove empresas nas quais detêm participações sociais, algumas das quais com relações com Portugal.

Para já, a medida não teve impactos diretos em Portugal, mas, segundo avançou recentemente o Eco, a situação poderá mudar caso a procuradoria angolana avance para o arresto dos bens que a empresária tem cá, o que poderá incluir participações em empresas como a Nos, Galp, Efacec ou o banco EuroBIC.

A empresária á se mudou, entretanto, para o Dubai.

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