Os militares que iniciaram no domingo um golpe de Estado no Burkina Faso confirmaram hoje, numa declaração na televisão estatal, que tomaram o poder e anunciaram a dissolução do Governo e do parlamento.
A União Africana condenou hoje a "tentativa de golpe de Estado", que, aparentemente, está a acontecer no Burkina Faso, após um motim em várias unidades militares, e exigiu às forças armadas que garantam a "integridade física" do Presidente.
O Presidente do Burkina Faso, Roch Marc Christian Kaboré, foi detido hoje em casa e levado para um quartel em Ouagadougou, num aparente golpe de Estado, no dia seguinte à eclosão de vários motins em quartéis no país.
Um dos maiores problemas de África é a “debilidade ou mesmo falta de instituições de Estado”, por exemplo, de tribunais ou parlamentos, “capazes de julgar a corrupção dos seus líderes”, afirmou hoje à Lusa o ativista Siyabulela Mandela.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) condenou hoje o "golpe militar em curso" no Sudão e apelou à libertação "imediata" do primeiro-ministro, Abdallah Hamdok, detido esta manhã pelos militares e que se encontra em paradeiro desconhecido.