Quarta, 24 de Abril de 2024
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O pedido de ajuda ao Fundo Monetário Internacional (FMI) pelas autoridades angolanas surge na sequência da forte quebra do preço do petróleo, matéria-prima de que dependem cerca de 80% das receitas de Angola. O ministro das Finanças angolano garantiu que não se trata de um resgate, mas esta assistência deverá ter consequências. As empresas estão optimistas e admitem que não existiam alternativas, mas há também há riscos no horizonte.

Os bancos controlados por investidores de Angola ou em que o capital angolano é preponderante representam uma quota de 30% da banca portuguesa, quer em termos de activos quer de passivos,

Angola é um dos países mais afetados pela desvalorização do preço do petróleo, que provocou uma crise cambial. As dificuldades estão a atingir há vários meses os portugueses que viam este mercado como uma prioridade. Agora, com o novo pedido de resgate e a previsão de que serão implementadas medidas de austeridade, Albano Ribeiro, presidente do Sindicato da Construção de Portugal, diz que o número de portugueses a deixar este país africano deverá aumentar.

O pedido de ajuda ao FMI vai implicar algo que os portugueses conheceram nos últimos anos: austeridade, embora com formas de aplicação diferentes

Dólar norte-americano ultrapassou a barreira dos 450 kwanzas nas ruas de Luanda, praticamente o único mercado onde tem sido possível aceder a divisas.

Os anos de vacas gordas não diversificaram a economia. É esse um dos objectivos do pedido de ajuda ao FMI.

O Fundo, hoje um parceiro, já foi fonte de incómodo para o governo angolano. Tudo começou a mudar a partir do resgate em 2009.

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