Domingo, 13 de Julho de 2025
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Se em tempos o valor da moeda nacional dependia essencialmente das entradas de divisas, receitas do petróleo, agora está também ligado às saídas de moeda estrangeira, necessárias para pagar a dívida externa do País. Enquanto a economia não crescer, o kwanza será sempre volátil.

A grande desvalorização da moeda nacional angolana, o Kwanza, deve-se ao facto da economia angolana não ter “fundamentos” para suportar a moeda e não haver produção interna para atender a procura, disseram economistas angolanos.

A consultora Oxford Economics reviu em alta a previsão para a inflação em Angola este ano e sobretudo no próximo ano, antecipando agora uma subida de preços de 22,7% até ao final do primeiro semestre de 2024.

Os preços em Angola registaram uma subida de 18,19% em novembro face ao período homólogo do ano passado, subindo 2,1% face aos valores de outubro, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística de Angola.

A consultora Capital Economics considera que Angola e Moçambique são os países da África subsaariana com a dívida mais arriscada caso haja uma depreciação das moedas locais ou alterações significativas no contexto do comércio internacional.

A consultora BMI Research prevê que a produção de petróleo em Angola caia 1,7% em 2024, para 1,16 milhões de barris diários, ao contrário da produção na África subsaariana, que deverá subir 2,5% no próximo ano.

A volatilidade da moeda angolana, kwanza, deve persistir entre 2024 e 2028, segundo os analistas da Economist Intelligence Unit (EIU), que preveem um crescimento médio da economia de 3,5% neste período.

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