Quarta, 16 de Julho de 2025
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De notas entre os dedos, a chamar clientes, passam os dias sentadas na rua aguardando por dólares para trocar, mas nunca a vida das 'kinguilas' de Luanda esteve tão difícil, sem divisas para alimentar o mercado informal e um negócio que cria famílias inteiras.

O “aperto” financeiro em Angola, resultado da queda das receitas do petróleo, começa já a fazer-se sentir. Os bancos angolanos, que contam agora com menos moeda estrangeira, já começaram a informar os clientes de restrições severas a transferências financeiras e uso de cartões de crédito.

Bancos angolanos já restringem transferências e uso de cartões

O Banco Nacional de Angola e o Governo estão a estudar medidas para "mitigar" os efeitos da redução da cotação internacional do petróleo, face aos constrangimentos no acesso a divisas que se registam no país.

O novo governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José Pedro de Morais Júnior, disse hoje que os "fundamentos macroeconómicos" do país "mantêm-se sólidos e sob controlo", apesar das dificuldades provocadas pela queda da cotação internacional do petróleo.

O Banco Nacional de Angola (BNA) refutou hoje, quinta-feira, as informações veiculadas por alguns órgãos e redes sociais, segundo as quais terá orientado os bancos comerciais a aplicarem restrições na realização de operações cambiais e utilização de cartões de pagamento, como resultado da redução do preço do barril de petróleo no mercado internacional.

O economista Filomeno Vieira Lopes diz que o fundo devia ser capaz de ajudar a atenuar a atual crise, motivada pela baixa do preço do petróleo a nível mundial. Mas o fundo não está talhado para isso – um "erro grave".

Descida dos preços do petróleo pode ser "favorável para Angola a médio prazo" porque vai forçar uma aceleração da estratégia de diversificação da economia.

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