O governo angolano anunciou que vai recorrer a novo endividamento, para poder financiar o Orçamento Geral do Estado para o exercício económico deste ano.
O governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Manuel António Dias, apelou, segunda-feira, na cidade de Menongue, província do Cuando Cubango, a todos os agentes económicos do país à unirem sinergias para tornar a moeda nacional “cada vez mais forte, capaz de responder aos anseios das populações”.
Depois de permitir que empresas façam acordos de compra e venda de moeda estrangeira a prazo, o BNA abriu a porta a particulares que pretendem fazer compras num prazo máximo de seis meses, a uma taxa de câmbio pré-estabelecida. A ideia é diminuir os riscos cambiais.
Sobem para sete as corretoras e distribuidoras que têm bancos como accionistas ou que tenham accionistas de bancos como investidores. Banco Económico e BIC não vão entrar neste segmento.
O Estado angolano prevê arrecadar 2 biliões de kwanzas (2,1 mil milhões de euros) no ano de implementação do Imposto Único sobre Rendimento das Pessoas Coletivas (IRPC), diploma que unifica toda a tributação dos rendimentos em Angola.
Se em tempos o valor da moeda nacional dependia essencialmente das entradas de divisas, receitas do petróleo, agora está também ligado às saídas de moeda estrangeira, necessárias para pagar a dívida externa do País. Enquanto a economia não crescer, o kwanza será sempre volátil.
A grande desvalorização da moeda nacional angolana, o Kwanza, deve-se ao facto da economia angolana não ter “fundamentos” para suportar a moeda e não haver produção interna para atender a procura, disseram economistas angolanos.