Execuções sumárias, torturas, intimidações e detenções arbitrárias são relatadas num novo relatório do movimento cívico Mudei que fala num agravamento das violações dos direitos humanos em Angola, no segundo trimestre de 2024, e critica a “banalização” da vida.
O Governo angolano gasta atualmente quase 50 dólares (46,9 euros) com cada um dos mais de 24.000 reclusos do país, num total de 1,2 milhões de dólares diários (1,1 milhões de euros), mais 20 dólares (18,7 euros) face aos últimos cinco anos.
Especialistas do Instituto para Economia e Paz (IEP) recomendam que os 27 países em risco alto de conflitos, do qual figura Angola, devem usar os dados disponibilizados para “antecipar e preparar-se para possíveis aumentos da violência no futuro.” Sugerem ainda o cumprimento dos pilares de governança ambiental, social e corporativa (ESG).
Prisões arbitrárias, violência policial, impedimento de reuniões pacíficas e ameaças à liberdade de associação foram as principais fragilidades de Angola no domínio dos direitos humanos em 2023, identificadas no relatório anual da Aministia Internacional (AI).
Os EUA consideram que a situação dos direitos humanos em Angola, em 2023, continuou semelhante à de 2022, com “relatos credíveis de assassínios arbitrários ou ilegais, tratamentos ou castigos cruéis, desumanos ou ilegais” por parte das autoridades angolanas.