A empresária falou ao canal italiano à margem da sua participação no “The European House - Ambrosetti Forum”, um dos mais influentes think tanks da Europa e que reuniu no passado fim-de-semana no Lago de Como, em Itália, empresários, economistas, políticos e cientistas de todo o mundo.
Isabel dos Santos explicou que “tem havido menos exploração de petróleo – muitas empresas pararam - o que significa que, a longo prazo, os stocks de petróleo vão diminuir, por isso vamos ter menos petróleo e os preços vão subir. Para o próximo ano vamos ter um valor entre os 45 e os 50 dólares, mas em três a quatro anos vamos sentir as repercussões do menor investimento”.
Sobre o seu mandato na Sonangol, Isabel dos Santos elencou como objetivos melhorar a eficácia, conduzir o negócio de forma mais transparente e conseguir maior retorno para o Estado. “Estamos a reestruturar o nosso negócio e a analisar as melhores formas de diminuir os custos operacionais”, disse, revelando os esforços que estão a ser conduzidos para encontrar formas de desenvolver campos de petróleo a menor custo “para termos um breakeven mais cedo e um barril mais lucrativo para os operadores e para o Estado”.
“Falámos com os fornecedores para reduzirmos os preços dos nossos contratos e isso permite-nos ter uma melhor margem, por isso estamos a produzir um barril que custa menos de 12 dólares”, acrescentou.
Isabel dos Santos sublinhou ainda que os países produtores de petróleo em África estão a desenvolver outras áreas de negócio com grande potencial, tais como agricultura, mineração, prestação de serviços, energia e transportes.
O vídeo da entrevista pode ser visto aqui embaixo