"A ESCOM foi prometida vender a uma empresa que supostamente tinha ligações à Sonangol. Essa empresa prometeu comprar por um montante elevado e fecho o acordo em dezembro de 2010. Penso que por um valor de 700 milhões de dólares. Nessa altura, essa promessa de compra e venda recebeu-se 15% do sinal, está para provar-se se o sinal foi recebido, e ficou por pagar-se o resto. O resto estava bloqueado e a razão estava que os ditos compradores estavam a olhar para a operação", revelou o responsável.
O presidente do BESI disse que "esses responsáveis quiseram baixar o preço e fechar o negócio. Quatro anos depois ainda não há nada fechado".
"A ESCOM agora deve estar muito mal em Angola, dirigida por senhor Hélder Batalha, e deve estar a passar por dificuldades porque o financiamento bancário terminou. Mais não sei, são deduções porque não tenho conhecimento do que se passa agora. Penso que a ESCOM está no balanço da ES Resources", rematou.
Em 2010 o general angolano Leopoldino Fragoso do Nascimento, considerado um dos homens mais próximos do presidente angolano José Eduardo dos Santos, é um dos nomes presentes na assinatura do contrato-promessa de compra e venda da Escom.
Segundo o Correio da Manhã, o documento foi assinado por António Ricciardi (pai de José Maria Ricciardi) do lado do vendedor, a Espírito Santo Resources. Como o negócio foi feito através da "offshore" Newsbrook, detida por Álvaro Sobrinho, coube à advogada Ana Bruno a assinatura enquanto representante legal da sociedade, explica o diário.
Do lado do comprador, surgem duas assinaturas: Manuel Vicente, vice-presidente de Angola e à época presidente da petrolífera Sonangol (empresa interessada na Escom) e Leopoldino Fragoso do Nascimento.
Dinheiro Vivo | Correio da Manhã