De acordo com o Relatório sobre as Remessas e Outras Transferências Pessoais no segundo trimestre de 2022, do Banco Nacional de Angola (BNA), consultado hoje pela Lusa, a tendência de crescimento das remessas que se observa a nível internacional também se verifica no país.
“O saldo das remessas e outras transferências pessoais registou outra vez um défice, à semelhança dos períodos anteriores, quase na mesma proporção das remessas e outras transferências pessoais enviadas, tendo em vista que as remessas e outras transferências pessoais recebidas do exterior, continuam a registar valores muito residuais”, lê-se no relatório.
No período em análise, indica o documento, as remessas e outras transferências pessoais recebidas, comparativamente ao período anterior, registaram um crescimento de 14,0%, ao passo que o crescimento das enviadas foi de 42,2%, contribuindo assim no agravamento do défice das remessas e outras transferências pessoais.
“As remessas e outras transferências pessoais recebidas do resto do mundo cifraram-se em 3,5 milhões de dólares norte-americanos (3,2 milhões de euros), contra 3,0 milhões de dólares norte-americanos (2,8 milhões de euros) registado no trimestre anterior e 3,3 milhões de dólares norte-americanos (3,08 milhões de euros) no período homólogo”, destaca a análise.
Na lista dos países que lideram o fluxo das remessas e outras transferências pessoais recebidas, no segundo trimestre do ano em curso, destaca-se os Estados Unidos da América, com um peso de 17,6%, seguido de Portugal (17,4%) e França (12,4%).
Relativamente às remessas e outras transferências pessoais enviadas para o exterior do país, cifraram-se em 307,3 milhões de dólares (286,9 milhões de euros), contra 216,2 milhões de dólares (201,8 milhões de euros) do trimestre anterior e 141,9 milhões de dólares (132,4 milhões de euros) do período homólogo, “representando assim uma clara evidência de aumento”.
“Portugal mantém-se como principal país de destino das remessas e outras transferências pessoais saídas de Angola, representando 48,8% do valor total do segundo trimestre, seguido da China e do Vietname com 19,9% e 18,5%, respetivamente”, destaca o relatório.