Ainda sobre os táxis: o seu aumento vai aumentar a despesa da zungueira; do privado que o usa; dos estudantes; dos trabalhadores da função pública. E vêm dizer que não terá impacto negativo nos preços?! Duvido. E o que vão fazer todos aqueles que fixam os seus próprios preços? Debita-los no cliente, disse o jornalista Celso Malavoloneke.
Os fazendeiros: Pagarão mais caro pelo combustível para as máquinas agrícolas e geradores; onde vão recuperar a despesa exra: nos clientes, ora pois. O mesmo os pescadores que verão as despesas de combustíveis para os barcos e geradores que alimentam os frigoríficos aumentados em 25%.
Os empresários privados, a mesma coisa. Aumentados os preços do combustivel, aumentarão os preços, naturalmente. Se não ficam em prejuizo e, isso ninguém quer.
Isso só não afectará as pessoas que tomaram esta decisão, porque eles não pagam o combustível que utilizam; o Estado fa-lo por eles.
A alocação social dos subsídios do combustível beneficiava directamente os cidadãos. Essa de «poupar fundos para alocar ao sector social» só vai fazer os tais fundos desaparecerem como desaparecem os outros segundo o jornalista Celso Malavoloneke ,.
Para economista Isidro Kapitia a subida do preço do combustível em Angola, desde a madrugada de sexta-feira, representa um processo estratégico do governo para o ajustamento da economia nacional e a maximização das despesas sociais, visando o aumento das condições de vida da população e o melhoramento do Orçamento Geral do Estado (OGE).
“É logico também que haverá um reajustamento salarial dos funcionários públicos e em diversos sectores comerciais, o preço dos produtos serão alterados, mas não teremos uma explosão da inflação dos preços no país. Esta é uma medida racional e bem estudada pelo Governo, que está engajado a proteger sempre os interesses da população angolana”, disse o economista Isidro Kapitia.
Para Presidente da Associação dos Taxistas, Manuel Faustino o preço do táxi em Angola vai continuar a custar cem kwanzas por corrida. “Por em quanto não temos nada de subir o preço da corrida. Vai e deve ainda continuar a custar esse valor”, disse Manuel Faustino à saída do encontro com o Ministério das Finanças.
Segundo o líder dos taxistas em Luanda, esta é uma questão que ainda não se chegou a nenhum acordo com o Ministério das Finanças. “Não se chegou a nenhum acordo por isso, a pelo aos meus colegas a terem um pouco de calma e, vamos a aguardar para que nos próximos encontros possamos então debater essa situação, tendo em conta a subida dos combustíveis”, apelou o responsável daquela organização.
Numa ronda efectuada hoje pelos jornalistas na província do Huambo que os preços cobrados pelos moto-taxistas e taxistas também não sofreram qualquer alteração, custando 100 kwanzas cada viagem.
De salientar que os preços dos combustíveis em Angola sofreram um aumento, a partir das zero horas do dia 27 de Setembro (Sábado), na ordem de 25 porcento.
O litro de gasolina passou a 75 Kwanzas, o de gasóleo 50 Kwanzas e o de petróleo iluminante 35 Kwanzas, o quilograma de gás 45 Kwanzas, a botija de gás de 6 Kg para 270 Kwanzas, a de 12 Kg para 540 Kwanzas e a de 51 Kg para 2.295 Kwanzas.
O preço de fuel leve e pesado aumentou para 50 Kwanzas e 34 Kwanzas, respectivamente, enquanto o quilograma de asfalto custa agora a 19 Kwanzas.
Esta atualização reflete o compromisso do Governo em continuar a melhorar a despesa e eliminar, de forma gradual, os subsídios que incidem sobre os preços fixados de venda ao público.
No entanto, os preços dos principais produtos comercializados nos mercados informais e formais da província do Huambo, no centro sul de Angola, mantêm-se estáveis.
A título de exemplo, o quilograma de fuba continua a ser vendido ao preço de 100 kwanzas, o de feijão 250, o de arroz 100, o de açúcar 150, o de batata rena 200, a barra de sabão 150 e o litro de óleo vegetal 200 kwanzas.
Os últimos ajustes acontecerem em 2005 e 2010, registando um aumento de 138,35% e 46,4%, respectivamente.
RM