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Sábado, 06 Março 2021 09:44

Preço do barril de petróleo fecha com valores mais elevados em dois anos

Os preços do petróleo bruto subiam na sexta-feira (5), atingindo novas máximas em um ano, depois que um grupo de produtores importantes concordou em não aumentar a oferta em abril, assumindo uma postura cautelosa sobre a recuperação econômica global.

Por volta das 16h45 (horário de Luanda), os futuros do petróleo dos EUA eram negociados em alta de 3%, a US$ 65,72 o barril, subindo acima de US$ 65 pela primeira vez desde janeiro de 2020, enquanto o contrato de referência internacional Brent subia 3,92%, para os 69,36 dólares, também em seu nível mais alto desde o início do ano passado.

Os futuros da gasolina dos EUA subiam 2% para US$ 2,0389 o galão, pela primeira vez acima de US$ 2 desde janeiro de 2019.

Esses ganhos seguiram a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, incluindo a Rússia, grupo conhecido como Opep+, de estender seus limites de produção para abril, concedendo apenas pequenas isenções à Rússia e ao Cazaquistão.

Este movimento surpreendeu vários investidores, especialmente o fato de a Arábia Saudita concordar em manter seu corte adicional voluntário de 1 milhão de barris por dia até abril, mesmo depois que os preços do petróleo subiram para mais de US$ 60 o barril de US$ 40 negativos, quando o país decidiu pela necessidade de reduzir a oferta global.

Analistas do influente banco de investimentos Goldman Sachs responderam a esta decisão elevando suas previsões para o segundo e terceiro trimestres para o Brent em US$ 5 cada, para US$ 75 e US$ 80 o barril, respectivamente.

“Embora os membros tenham discutido os riscos de demanda pela Covid, o que entendemos da coletiva de imprensa é que a disciplina dos produtores de shale está provavelmente por trás desse aumento mais lento na produção”, disse o banco em uma nota.

Os membros da Opep+ parecem acreditar que a produção de petróleo dos EUA terá dificuldade para responder ao ambiente de preços mais altos no curto prazo, especialmente após os danos causados ​​pela recente onda de frio.

“Se esta é a atitude que a Opep+ está tomando, isso sugere que eles acreditam que podem empurrar os preços ainda mais para cima, sem o risco de perder participação no mercado”, disseram analistas do ING, em nota de pesquisa. “E não ficaríamos surpresos em ver Brent testando US$ 70/bbl antes da próxima reunião da Opep+” no início de abril.

Antes disso, o foco se voltará para os dados de contagem de sondas da Baker Hughes na sexta-feira. O número de plataformas ativas aumentou um pouco nos últimos meses, mas não chega nem perto do nível que os analistas dizem ser necessário para gerar um aumento significativo na produção. REUTERS

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