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Quinta, 16 Janeiro 2020 20:20

"Crédito malparado atingiu níveis alarmantes e a culpa não pode morrer solteira"

O rácio de crédito malparado, em Angola, está acima da média africana. Dados do setor bancário indicam que o volume de crédito malparado na banca angolana mais do que duplicou entre 2015 e 2018. Os números foram avançados pela ministra das Finanças, Vera Daves.

O crédito malparado, em Angola, subiu exponencialmente, tendo atingido as percentagens de 13,9 por cento (2013), 15,1 (2014), 17,3 (2015), 25,4 (2016) e 33,3 (2017). Do total de crédito malparado de 2017, pelo menos 84 por cento coube ao Banco de Poupança e Crédito (BPC) e os restantes 16 por cento dos outros bancos comerciais.

Assim, Angola tinha em 2017 o correspondente a 32 por cento, enquanto o Gana tinha 22 por cento, Nigéria (15), República do Congo (12), Quénia (10), Uganda (6), África do Sul (3) e Namíbia (2).

A recuperação do crédito malparado, através da responsabilização dos devedores, vai permitir assegurar que os bancos tenham liquidez e estratégias para voltar a conceder crédito à economia e participar de forma mais efetiva na inclusão financeira, afirmou hoje a ministra das Finanças, Vera Daves, na abertura do 11.º Conselho Consultivo do Ministério das Finanças, que está a decorrer, em Luanda, até ao próximo sábado.

"O crédito malparado atingiu níveis alarmantes e a culpa não pode morrer solteira", afirmou a governante,

Em relação ao conselho consultivo que decorre sob o lema "Finanças Públicas: Consolidar para Prosperar", Vera Daves espera que o encontro contribua para a consolidação fiscal e melhorar a performance das contas públicas (receitas e despesas).

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