O crédito malparado, em Angola, subiu exponencialmente, tendo atingido as percentagens de 13,9 por cento (2013), 15,1 (2014), 17,3 (2015), 25,4 (2016) e 33,3 (2017). Do total de crédito malparado de 2017, pelo menos 84 por cento coube ao Banco de Poupança e Crédito (BPC) e os restantes 16 por cento dos outros bancos comerciais.
Assim, Angola tinha em 2017 o correspondente a 32 por cento, enquanto o Gana tinha 22 por cento, Nigéria (15), República do Congo (12), Quénia (10), Uganda (6), África do Sul (3) e Namíbia (2).
A recuperação do crédito malparado, através da responsabilização dos devedores, vai permitir assegurar que os bancos tenham liquidez e estratégias para voltar a conceder crédito à economia e participar de forma mais efetiva na inclusão financeira, afirmou hoje a ministra das Finanças, Vera Daves, na abertura do 11.º Conselho Consultivo do Ministério das Finanças, que está a decorrer, em Luanda, até ao próximo sábado.
"O crédito malparado atingiu níveis alarmantes e a culpa não pode morrer solteira", afirmou a governante,
Em relação ao conselho consultivo que decorre sob o lema "Finanças Públicas: Consolidar para Prosperar", Vera Daves espera que o encontro contribua para a consolidação fiscal e melhorar a performance das contas públicas (receitas e despesas).