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Terça, 08 Abril 2014 14:42

BAI adopta política de concessão de crédito mais rigorosa

O Banco Angolano de Investimentos pretende adoptar uma política de crédito mais rigorosa depois de em 2013 ter sido forçado a eliminar das contas empréstimos no montante de 122 milhões de dólares, afirmou segunda-feira o director executivo da instituição.

No decurso de uma conferência sobre investimento em África organizada pela agência financeira Reuters, João Fonseca disse que a eliminação dos empréstimos por incobráveis e a constituição de provisões para garantir crédito malparado custaram à instituição 225 milhões de dólares.

Na sexta-feira, o maior banco de Angola por activos anunciou uma queda de 31% nos lucros no exercício económico de 2013 para 124 milhões de dólares, o terceiro ano consecutivo em que se verifica uma contracção no montante dos lucros.

“O objectivo para este ano é aumentar a concessão de crédito mas com regras mais rígidas sendo, além disso, essencial recuperar o crédito malparado”, disse João Fonseca, que adiantou terem sido eliminados dos livros empréstimos no valor de 324 milhões de dólares no decurso dos últimos quatro anos.

O director executivo do Banco Angolano de Investimentos (BAI) disse ainda que a carteira de crédito da instituição foi constituída num período de crescimento económico elevado, “estando nós agora mais conscientes dos riscos de crédito e a reforçar o processo de recuperação de empréstimos, recorrendo aos tribunais apenas como segunda opção.”

As empresas de promoção imobiliária e as de construção, que constituem 36% da carteira de crédito do BAI, foram bastante atingidas pelo arrefecimento económico, sendo que muitas delas sentem dificuldades em amortizar os empréstimos contraídos.

“Os projectos levam mais tempo, custam mais e a procura arrefeceu, muito em particular no segmento mais elevado”, disse João Fonseca, sendo ainda um factor negativo a demora do governo em pagar os projectos adjudicados.

macauhub

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