Isabel dos Santos reagiu à decisão comunicada sexta-feira pelo seu pai, José Eduardo dos Santos, de abandonar a "política activa" em 2018.
Lisboa - Lisboa - A empresária angolana Isabel dos Santos, filha do presidente José Eduardo dos Santos, entregou ao seu marido, Sindika Dokolo, a participação indireta de quase 7% que tinha no capital da maior petrolífera portuguesa, a Galp Energia, segundo a edição deste sábado do jornal "Expresso".
O líder do CDS-PP, Paulo Portas, realçou a importância de Angola na diplomacia portuguesa e defendeu que Portugal “não está em condições de substituir” aquela antiga colónia na política externa. Uma palavra “politicamente incorrecta”, como o próprio admitiu, no discurso de despedida da liderança do partido.
O presidente da UNITA defendeu hoje que se o maior partido da oposição tivesse sido poder em 1975, Angola não tinha entrado em guerra, denunciando como exemplo que desde a paz já morreram 85 militantes em incidentes com o MPLA.
O ministro das Relações Exteriores afirmou que o caso judicial que corre nas instâncias judiciais portuguesas e que envolve o vice-presidente angolano, Manuel Vicente, não é bom para o fortalecimento das relações bilaterais entre Portugal e Angola.
Numa análise ao anúncio que está a marcar a actualidade, o sociólogo Paulo de Carvalho defende, em declarações exclusivas para o online do Novo Jornal, que, ao contrário do que ocorreu antes, “desta vez, não haverá qualquer recuo a esta decisão”.
O Comité Central do MPLA aprovou nesta sexta-feira, por unanimidade, a candidatura de José Eduardo dos Santos ao cargo de Presidente do partido, no âmbito do seu VII Congresso Ordinário, convocado para o mês de Agosto deste ano.
O antigo primeiro-ministro Marcolino Moco diz não acreditar que o presidente José Eduardo dos Santos abandone a política activa em 2018, como anunciou hoje, e afirmou que a declaração do presidente pode ter por finalidade “baixar a tensão”.
A retirada de cena do Presidente angolano não significa “necessariamente” uma mudança, mas “abre uma oportunidade para que algumas coisas melhorem”, considera uma investigadora da organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW).
O ativista angolano Rafael Marques afirmou hoje que o anúncio do Presidente de Angola de que sairá da política em 2018 poderá "inadvertidamente apressar" a sua sucessão.