Domingo, 19 de Mai de 2024
Follow Us

Segunda, 03 Outubro 2016 21:43

PCA da TAAG garante que processo de restruturação não vai obrigar a despedimentos

A TAAG garante que não vai haver despedimentos de trabalhadores da Companhia, no âmbito do processo de restruturação. De acordo com o Presidente do Concelho de Administração da companhia de bandeira, Peter Hill, está em curso um processo de levantamento de dados dos trabalhadores em idade de reforma, para melhor gestão do quadro de pessoal.

O PCA da TAAG sublinhou igualmente, que no último ano a companhia conseguiu reduzir para 70 milhões de dólares os gastos internos.

O presidente do conselho de administração da TAAG, Peter Hill, admitiu em 12 de Maio, que ainda não será em 2016 que a transportadora aérea angolana pública inverte os resultados negativos, algo que só "espera" que aconteça num horizonte de três anos. 

"A companhia já opera com resultados negativos há algum tempo, o nosso objectivo a três anos é, pelo menos, atingir o 'break-even' [gerar recursos para garantir a operação]. É um grande desafio", admitiu Peter Hill, questionado pela agência Lusa.

O Governo angolano e a Emirates Airlines assinaram em 2015 um contrato de gestão, prevendo a introdução de uma "gestão profissional de nível internacional" na TAAG, a melhoraria "substancial da qualidade do serviço prestado" e o saneamento financeiro da companhia angolana, que em 2014 registou prejuízos de 99 milhões de dólares (cerca de 87 milhões de euros).

Peter Hill foi indicado pela Emirates para administrar a companhia de bandeira angolana, tendo tomado posse no final do ano. 

O britânico garante que colocar a TAAG a dar lucro é um objectivo: "Se vai acontecer? Eu e a minha equipa vamos fazer de tudo para que assim aconteça", afirmou.

Reconheceu ainda que a reputação da companhia "sempre foi sólida", sendo agora necessário fazer o "clique", melhorando o serviço prestado ao cliente, rentabilizando a operação.

"Queremos fazer da TAAG uma das melhores companhias aéreas em África, um dia", apontou.

Em Novembro passado, logo após tomar posse, o britânico Peter Hill reconheceu que a TAAG enfrenta "a maior crise financeira na sua longa e notável história", até mesmo com dificuldades em pagar salários, ao que se seguiu uma reestruturação interna.

No âmbito do Contrato de Gestão da transportadora pública angolana celebrado com a Emirates para o período entre 2015 e 2019, prevê-se dentro de cinco anos resultados operacionais positivos de 100 milhões de dólares.

Além de Peter Murray Hill, a Emirates indicou os administrados executivos Vipula Gunatilleca (área financeira e administrativa), Patrick Rotsaert (área comercial) e Donald Hunter (área das operações) da TAAG.

O ministro dos Transportes, Augusto Tomás, o objetivo de a TAAG ultrapassar os 3,3 milhões de passageiros transportados anualmente a partir de 2019, com o reforço das ligações internacionais, nomeadamente para a Europa, com a gestão da Emirates.

A formação de quadros angolanos no Dubai, na academia da Emirates, e a introdução de uma "gestão profissional de nível internacional" são objectivos deste contrato, que assenta na reestruturação financeira da TAAG, com a meta da facturação anual a passar de 700 milhões de dólares (628 milhões de euros) em 2014 para 2,3 mil milhões de dólares (dois mil milhões de euros) dentro de cinco anos.

O novo conselho de administração é composto ainda por quatro elementos não-executivos, nomeados pelo Estado angolano. 

Rate this item
(0 votes)