"Desconhecemos quais os mecanismos e de que forma vai acontecer essa saída em 2018. Mas pensamos que, depois deste anúncio, José Eduardo dos Santos não vai candidatar-se às próximas eleições. Acreditamos que vai deixar as duas funções: A de líder do MPLA e a Presidência da República, esta em 2017", disse ao online do Novo Jornal o secretário-geral do PRS e deputado Benedito Daniel.
Para o também presidente do grupo parlamentar do PRS, "uma eventual candidatura de Eduardo dos Santos à Presidência da República nas eleições gerais de 2017 só iria complicar a anunciada saída da vida política".
"De acordo com a nossa interpretação da Constituição da República, caso se candidate à presidência em 2017 e seja eleito, se deixar as funções em 2018 isso obrigará à convocação de novas eleições para o cargo", defendeu.
O presidente do MPLA e chefe de Estado, José Eduardo dos Santos, no poder desde 1979, anunciou hoje em Luanda que vai abandonar a vida política activa em 2018, um ano depois das eleições gerais, previstas para Agosto de 2017.
No discurso perante o Comité Central do partido, Eduardo dos Santos não esclareceu se vai recandidatar-se a um novo mandato à frente do MPLA no congresso de Agosto deste ano e se, nessa condição e de acordo com estatutos, assumirá uma nova corrida à Presidência da República.
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