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Sexta, 11 Março 2016 10:09

José Eduardo dos Santos deixa vida política ativa em 2018

O presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e chefe de Estado angolano há 36 anos, José Eduardo dos Santos, anunciou hoje que deixa a vida política ativa em 2018, ano em que completará 76 anos.

Contudo, neste discurso o Presidente angolano não clarificou em que moldes será feita a sua saída da vida política e se ainda estará disponível para concorrer às eleições gerais de agosto de 2017 ou à liderança do partido, este ano, antes da sua retirada.

José Eduardo dos Santos é Presidente de Angola desde setembro de 1979, cargo que assumiu após a morte de Agostinho Neto, o primeiro Presidente do país depois da independência.

Na mensagem que dirigiu aos mais de 260 membros do Comité Central do MPLA presentes na reunião, José Eduardo dos Santos criticou ainda a gestão danosa nas empresas públicas, apelando à mobilização dos melhores quadros para as funções de governação do país.

 “ Enquanto  o  partido e o Executivo aprovaram uma estratégia para  dar  soluções dos problemas que decorrem da redução  das receitas em divisas, é  no quadro da execução dessa estratégia  que temos de, por  um lado, aplicar as medidas necessárias  para a superação do incumprimento das metas que foram detectadas  no balanço  preliminar e, por outro lado,  apelar aos angolanos, e em particular aos empresários, para agirem com particular urgência  na diversificação das nossas exportações “, frisou.

De acordo com o presidente do MPLA,  este pressuposto visa aumentar as receitas em divisas e bens de consumo, especialmente os de primeira necessidade, tendo  como  objectivo a satisfação plena das necessidades da população.

José Eduardo dos Santos sublinhou que tem de se  prestar mais atenção ao desempenho dos quadros, aos  quais foram confiadas tarefas de gestão, assim como  combater com mais firmeza a gestão económica danosa  ou irresponsável nas empresas públicas, aliado à falta de disciplina na execução dos orçamentos afectos aos serviços da administração pública central e local.

“Devemos reforçar também a fiscalização ao nível do Executivo, uma vez que, nos termos da lei, ela não deve ser feita pela Assembleia Nacional, temos de tomar providências para colocar no aparelho governativo quadros que tenham sentido de  responsabilidade e a consciência necessária  para o partido fazer cumprir a sua orientação para  o desenvolvimento de instituições do Estado “, sublinhou. 

A 11ª Sessão do Comité Central discute, entre outros assuntos,  a apreciação do Relatório do Bureau Político ao Comité Central sobre a actividade desenvolvida no ano de 2015 com parecer da Comissão de Disciplina e Auditoria do órgão partidário.

Figuram ainda na agenda de trabalhos a discussão do Relatório de Balanço da actividade desenvolvida pela Comissão de Disciplina e Auditoria do Comité Central durante o ano de 2015, bem como a análise do projecto de resolução sobre as percentagens e as quotas aplicáveis na indicação de candidatos para a continuidade e para a renovação.

Estarão ainda em debate as propostas de ajustamentos a introduzir nos estatutos do MPLA e a apreciação da informação sobre os resultados do 6º congresso ordinário da OMA, realizado de 3 a 5 de Março, em Luanda.

© Lusa \ AO24

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