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Quarta, 04 Novembro 2015 17:34

Manifestações no país estão viciadas e visam confrontar as autoridades - Ministro

Ministro do Interior justifica proibição de protesto anunciado para os dias 11 e 12

O ministro do Interior, Ângelo da Veiga Tavares, afirmou, quarta-feira, em Luanda, que algumas tentativas de organização de manifestações no país visam fundamentalmente confrontar as autoridades.

O governante avaliava, em conferência de imprensa, a actual conjuntura política do país, com realce para a detenção dos cidadãos acusados de actos preparatórios de uma rebelião com o fito da queda do regime democraticamente instituído.

O ministro realçou, a propósito, que, regra geral, as manifestações vêm já “eivadas de vícios e violando, à partida, o que está previsto na lei”.

Quando se pede ou se notifica a estrutura governativa, no caso os governos provinciais, regra geral é já para ofender os órgãos de soberania, em especial o Presidente da República”, disse.

Quando, por exemplo, uma manifestação já vem fazer apanágio à guerra, já está a ferir a lei e esta diz que a polícia pode, e a todo momento, impedir que uma manifestação do género se realize”, vincou.

Ângelo Tavares referiu que, na maior parte dos casos, essas manifestações procuram mesmo criar confrontos com a Polícia Nacional.

O que está acontecendo ultimamente é que se vai impedindo que haja concentração suficiente de pessoas para a realização dessas manifestações, tendo em conta que, à partida, ferem o que está estabelecido na lei”, justificou.

Por outro lado, referiu que, em alguns círculos, individualidades com estatuto diplomático “instigavam esses jovens e, coincidentemente, sempre na mesma perspectiva: provocar confrontos com a polícia e causar mortos para permitir a intervenção do Ocidente”.

Além disso, de acordo com o titular da pasta do Interior, havia também a intenção da ocupação das centralidades do Kilamba e de Cacuaco, com o argumento de que as pessoas beneficiaram dessas residências por serem próximas ao partido no poder.

Segundo o ministro, esses grupos falavam também em como gerir apoios externos, colocando em dúvida a idoneidade dos bancos comerciais do país, sem descurar o desmantelamento de ministros, secretários de Estado e posterior alteração do sistema de inteligência do país.

Adiantou que havia a perspectiva de alguma desordem de partir vidros e carros bem apresentados e surgiriam marginais que se aproveitariam da situação para instaurar um clima de “desordem total”.

Em relação à saúde de Luaty Beirão, que, nos últimos tempos, protagonizou uma greve de fome de 36 dias, Ângelo Tavares disse que ele não estava tão mal como se dizia na altura.

Afirmou que, contrariamente ao que se dizia, ele foi atendido ao nível de um hospital de referência, foi-lhe dada assistência psicológica, psiquiátrica e médica.

 “Devo dizer que o jovem Luaty, e essa assumo como minha opinião e da análise que tenho estado a fazer, não dá muita importância ao bem vida”, vincou o ministro.

O ministro fundamentou a sua afirmação com as divergências que havia entre ele e um outro detido, Domingos da Cruz.

Segundo Ângelo da Veiga Tavares, enquanto o segundo defendia que, se houvesse uma intervenção das FAA, deveriam desistir da tentativa de alcance do Palácio Presidencial, Luaty Beirão era apologista de que deveriam avançar até mesmo morrerem.

ANGOP

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