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Terça, 20 Outubro 2015 04:47

Polícia irlandesa: Angolana foi detida e o seu companheiro morre no voo

O homem que morreu no domingo a bordo de um voo para a Irlanda é, afinal, brasileiro, e a passageira detida posteriormente por suspeita de tráfico de droga é angolana, retificaram hoje as autoridades locais.

Segundo um porta-voz da polícia, que inicialmente indicou à agência Lusa que ambos teriam nacionalidade portuguesa, só hoje foi confirmado que o homem viajava com um passaporte brasileiro e a mulher com um passaporte angolano.

A Gardaí, a polícia irlandesa, não adiantou se os dois viajavam juntos.

Ambos viajavam entre Lisboa e Dublin, que foi desviado para a cidade de Cork porque o brasileiro, de 25 anos, segundo a polícia, "se tornou agitado".

Relatos de outros passageiros reproduzidos na imprensa irlandesa referem que o homem começou a gritar e mordeu um outro passageiro, pelo que teve de ser agarrado, acabando por perder a consciência.

Ao mesmo tempo que o voo foi desviado do destino final, um médico e uma enfermeira que também viajavam no avião prestaram assistência, mas o homem acabou por ser declarado morto no aeroporto às 18:40 locais [mesma hora em Lisboa].

Uma autópsia terá lugar esta tarde no Hospital da Universidade de Cork, onde foi também assistido o passageiro ferido na mão.

Foi à saída, ao questionar os restantes passageiros e tripulação e examinada a bagagem que foram encontrados 1,8 quilogramas de anfetaminas na bagagem da mulher de 44 anos, que agora se confirmou ter um passaporte angolano.

Foi detida às 23:00 sob suspeita de tráfico de droga e encontra-se a ser interrogada pela polícia, devendo depois ser presente a um juiz.

Cidadão Brasileiro que morreu no voo Lisboa-Dublin tinha 800 gramas de cocaína no estômago

Está identificado o cidadão brasileiro que morreu a bordo de um avião. A polícia irlandesa está a tentar perceber que passos é que deu em Lisboa, antes de embarcar.

O cidadão brasileiro que morreu a bordo de um voo da Aer Lingus entre Lisboa e Dublin, no domingo, tinha 800 gramas de cocaína no estômago, divididos por 80 pacotes individuais. A autópsia ao homem de 24 anos confirmou que uma das doses rebentou e provocou o mal-estar que culminou na morte do passageiro.

John Kennedy Santos Gorjão, como o indivíduo se chamava, foi autopsiado na segunda-feira em Cork, na Irlanda, para onde o avião foi desviado no domingo após o incidente a bordo. A cocaína que tinha no estômago valia cerca de 56 mil euros, segundo as contas do Irish Times. 

Inicialmente pensou-se que o passageiro que morrera era português, mas a polícia irlandesa confirmou entretanto que se tratava de um cidadão brasileiro. No mesmo voo seguia uma mulher angolana de 44 anos que foi detida por tráfico de droga à chegada a Cork. Os dois estariam sentados lado a lado na aeronave, mas não foi estabelecida uma relação direta entre eles.

 

A polícia irlandesa está em contacto com as congéneres portuguesa e brasileira para perceber exatamente quais os passos dados por Santos Gorjão em Lisboa e também quais as suas intenções em território irlandês. O indivíduo era natural de Boa Vista, no norte do Brasil.

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