A reacção da presidente da Câmara de Comércio Angola e Bélgica (CCIAB), surge na sequência de um comunicado, supostamente da Embaixada do Reino da Bélgica em Angola, em que não reconhece a legalidade e o funcionamento da Câmara de Comércio liderada por Isabel Elisa Soares da Cruz, criada em 2020.
“Algumas vezes, o sucesso de um negro-africano, para os colonos, incomoda-os de tal maneira que, se acaba por reflectir em comportamentos de racismo, e foi isto que conseguimos enxergar nas atitudes do diplomata belga acreditado em Angola, no seu modo pensar seria melhor ver um branco (compatriota) nesta posição tornando-se o mentor desta associação – cciab, e por ser eu, uma jovem angolana, me tornei numa dor de cabeça para ele”, lê-se.
No comunicado de imprensa, a Câmara de Comércio e Indústria de Angola e Bélgica, segundo Isabel Soares, tem entre outros objectivos promover e apoiar as relações económicas e comerciais, mutuamente vantajosas entre o investimento angolano na Bélgica, e o investimento belga em Angola, respectivamente fomentando as trocas comerciais, tecnológicas entre empresas e instituições, nomeadamente através do estabelecimento e fomento do intercâmbio comercial, industrial e financeiro entre os dois países.
Visa ainda satisfazer abnegadamente os interesses legítimos de curto, médio e longo prazo dos seus associados, investidores e financiadores, visando à materialização de negócios sustentáveis, registrar permanentemente, na base de dados, as necessidades de oportunidades de negócios dos seus associados e potenciais investidores.
Pretende ainda trabalhar com as entidades angolanas (público-privadas), para melhoria contínua do ambiente de negócios entre empresários belgas e angolanos, bem como divulgar e prestar informações sobre projectos de desenvolvimento e iniciativas de investimentos, e possibilidades de operações em todos os domínios da actividade económica.
No dia 16 de Maio de 2023, o governador da Província do Kuando-Kubango, José Martins, recebeu em audiência, a presidente da CCIAB, Isabel Soares da Cruz, onde apresentou projectos da homt-infrastructures n/associado, que visam à melhoria do ambiente de negócios, com linhas de financiamento que vão potencializar a classe empresarial daquela província.
“Após o nosso regresso à capital do país, fomos surpreendidos com o comunicado de imprensa proveniente da Embaixada do Reino da Bélgica em Angola, um facto que constitui inverdades sobre a legalidade da nossa associação, onde cita que a cciab foi constituída sem qualquer consulta à Embaixada da Bélgica, nem contacto com as federações empresariais belgas”, lamentou.
Segundo Isabel Soares da Cruz, “as declarações acima descritas, contradizem a este facto, um acto que constitui calúnia e difamação, pois foi feito sem o nosso o conhecimento e consentimento, e a mesma informação fez-se circular em todas as plataformas de comunicação, com a finalidade de descredibilizar as instituições do Estado angolano”.