Coordenado pelo ministro do Interior angolano, Ângelo Veiga Tavares, este grupo, oficialmente criado por despacho de 20 de fevereiro do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, tem como atribuição preparar a instituição daquele observatório e a "promoção da autonomia nacional e diminuição das vulnerabilidades do país".
O grupo, que terá 90 dias para apresentar as conclusões, junta as secretarias de Estado da Defesa e das Relações Exteriores com a direção dos Serviços de Inteligência e Segurança do Estado (SINSE) e dos Serviços de Inteligência Externa, além de representantes da Procuradoria-Geral da República e da Casa de Segurança do Presidente da República.
A decisão é suportada com a "crescente escalada e ameaça do terrorismo a nível mundial" e face ao "ressurgimento de grupos cujos objetivos são o da desestabilização dos Estados", lê-se no despacho presidencial.
O secretário de Estado do Interior, Eugénio Laborinho, afirmou na terça-feira que Angola está atenta ao fenómeno do terrorismo, mas garante que não constitui uma preocupação real.
Fazendo referência à vulnerabilidade da fronteira no norte, com as vizinhas República Democrática do Congo e República do Congo, e aos problemas decorrentes da imigração ilegal, o secretário de Estado afirmou que o Governo está a trabalhar de forma preventiva com as forças de segurança angolanas e com as da região.
O governante falava na abertura de um seminário de peritos sobre o combate ao terrorismo, que termina hoje na capital angolana.
"Não há nenhuma preocupação, não há nada que atrapalhe ou que venha a preocupar com relação ao terrorismo no nosso país. Temos estado a trabalhar, as nossas forças estão cada vez mais vigilantes, temos estado a pedir a colaboração da sociedade, sobretudo dos residentes fronteiriços", defendeu.
LUSA