Sábado, 19 de Julho de 2025
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Sábado, 19 Julho 2025 18:05

Detido ativista que organizou protesto em Luanda

O ativista Osvaldo Kaholo foi detido pelo SIC por suspeita de rebelião e apologia ao crime, após organizar protestos contra o aumento dos combustíveis em Angola, que resultaram em feridos e detenções.

O Serviço de Investigação Criminal (SIC) deteve este sábado (19.07), em Luanda, Angola, o ativista Osvaldo Kaholo, co-organizador da marcha contra o aumento do preço dos combustíveis e dos transportes que ocorreu no sábado passado (12.07).

Segundo uma nota de imprensa do Serviço de Investigação Criminal (SIC) que a DW teve acesso, a detenção foi feita em cumprimento de um mandado emitido pelo Ministério Público, sob suspeita de crimes de rebelião, instigação e apologia pública ao crime.

De acordo com o SIC, Caholo terá feito ameaças graves durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais durante a manifestação do último sábado, dirigidas a oficiais das forças de defesa e segurança.

A detenção acontece a uma semana da nova manifestação convocada em todo o país, marcada para o dia 26 de julho

Pelo menos nove pessoas ficaram feridas e 17 foram detidas na sequência desses protestos, segundo os organizadores do protesto.

De acordo com Adilson Manuel, porta-voz do denominado movimento social contra o decreto que aprova o reajuste do preço do combustível em Angola e a subida dos transportes coletivos, na marcha de sábado o povo manifestou o seu descontentamento face à medida governamental.

Adilson Manuel afirmou que as detenções foram arbitrárias e adiantou que 16 pessoas foram soltas no mesmo dia, continuando uma detida, a qual deve ser julgada hoje sumariamente por alegadas ofensas às autoridades.

A UNITA, maior partido na oposição, condenou, em comunicado, os atos da polícia contra a integridade física dos manifestantes, e em particular de alguns dos seus deputados, que se juntaram aos protestos, referindo que a marcha resultou em detenções arbitrárias e dezenas de feridos.

Segundo a UNITA, o "regime, ao arrepio da Constituição e da lei, usou da violência e abusou da força policial para reprimir uma manifestação pacífica e sem armas". DW Africa

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