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Terça, 10 Janeiro 2023 14:30

Maioria dos angolanos diz que nunca se justifica violência contra mulheres

Quase sete em cada dez angolanos consideram que nunca se justifica o uso de "força física para disciplinar a mulher", enquanto quase dois terços (62%) defendem que as autoridades devem abordar a violência de género, segundo uma sondagem da Afrobarometer.

A sondagem da Afrobarometer, realizada entre 09 de fevereiro e 08 de março de 2022, com entrevista a 1.200 angolanos adultos, indica que 62% das pessoas consideram que a violência contra a mulher é um fenómeno “muito comum” e outras 35% “pouco comum” de ocorrer nas suas comunidades.

De acordo com a pesquisa, 69% dos cidadãos consideram que “nunca é justificável” o homem "usar força física para disciplinar a sua mulher" - nos termos usados na sondagem -, sendo que dois em cada dez afirmam que “às vezes é justificável” (20%), enquanto (9%) disseram que é “sempre justificável”.

A Violência Baseada no Género (VBG) lidera a lista de questões de direitos das mulheres, sendo que 62% dos angolanos considera este um tema a ser abordado pelas autoridades e a sociedade. A rejeição da VBG é maior entre os mais escolarizados (83%), os residentes urbanos (76%) e as mulheres (73%), detalha a pesquisa.

“Cerca de metade (49%) dos angolanos consideraram 'um pouco provável' ou 'muito provável' que uma mulher que denuncie VBG seja criticada, assediada ou envergonhada por membros da comunidade”, revela a sondagem.

A pesquisa adianta ainda que a maioria (59%) dos cidadãos acredita ser plausível a polícia levar a sério as denúncias de casos de VBG, enquanto dois terços (67%) dos angolanos entendem que a violência doméstica é um assunto de matéria criminal, mais do que um assunto de fórum privado para ser resolvido em família.

A Afrobarometer é uma rede de pesquisa pan-africana e apartidária, que fornece dados confiáveis sobre experiências africanas e avaliações de democracia, governança e qualidade de vida, sendo a equipa em Angola liderada pela Ovilongwa – Estudos de Opinião Pública.

A margem de erro de é de mais ou menos três pontos percentuais e um nível de confiança de 95%. A pesquisa anterior em Angola foi realizada em 2019.

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