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Segunda, 28 Fevereiro 2022 14:06

Líder do CNJ defende entrega das casas da centralidade do Zango-0 em quatro meses

O Conselho Nacional da Juventude (CNJ) solicitou, esta sexta-feira, 25, ao Fundo de Fomento da Habitação (FFA) e ao Instituto Nacional de Habitação (INH) a entrega, nos próximos quatro meses, das residências atribuídas aos jovens nos projectos habitacionais do Estado.

A solicitação foi feita durante uma visita de constatação realizada entre o CNJ, o Fundo de Fomento de Habitação (FH) e o Instituto Nacional de Habitação (INH) a centralidade Vida Pacífica (Zango-0), no quadro das reclamações dos jovens beneficiários relativamente a demora na entrega das residências.

Mais de dez meses após a assinatura dos contratos para a aquisição de apartamentos na centralidade “Vida Pacifica" muitos jovens continuam à espera das chaves, sem qualquer informação das entidades gestoras do projecto habitacional.

Apesar da demora, o presidente do CNJ, Isaías Calunga, apelou à juventude maior serenidade, tendo fé no cumprimento por parte do INH na entrega das residências.

Apelou, de igual modo, a benevolência e o dinamismo por parte do ministro de tutela para mobilizar as empresas para que em tempo recorde se resolva a situação.

Jovens beneficiários criticam incumprimento do contrato pelo Governo

Os jovens que foram contemplados com apartamentos na mesma centralidade, dizem-se agastados com a morosidade do Governo angolano, que por intermédio do Ministério das Obras Públicas e Ordenamento do Território, não cumpre com os prazos estabelecidos nos contratos assinados pela juventude.

De acordo com os beneficiários, já são passados um ano desde que foram, assinados os contratos-promessa com o Instituto Nacional da Habitação (INH), para o acesso às habitações, mas lamentam que até ao momento, nenhuma satisfação lhes tem sido dada, de como anda o processo, contrariando assim, o estipulado no contrato, que as entregas seriam feitas oito meses depois da assinatura de ambas as partes.

São no total mil e 120 apartamentos disponibilizados em 2019 pelo Presidente da República, João Lourenço, à juventude, sob mediação do Conselho Nacional da Juventude (CNJ).

Com contratos em mãos há mais de um ano, os promitentes compradores, vêem-se impedidos de aceder aos apartamentos, pelo facto dos mesmos estarem à espera há vários meses de obras de reabilitação.

O cenário tem estado a inflamar a ira dos jovens beneficiários, que acusam o ministro das Obras Públicas, Manuel Tavares de retardar a entrega das casas com fins inconfessos.

Indignados, os jovens que tencionam receber as suas moradias nas condições em que elas se encontram, convocam protestos ininterruptos, sendo que o primeiro deles esteve agendado para segunda-feira passada, 21, na “Vida Pacífica”, do qual se seguirão outros defronte às instalações do Ministério das Obras Públicas, Construção e Ordenamento do Território.

Na visita de constatação efectuada na sexta-feira, 25, aos edifícios, o director do Instituto Nacional de Habitação (INH), Silva Neto, informou que as obras de reabilitação das habitações vandalizadas terão início tão logo haja o acordo do Tribunal de Conta, para, posteriormente os apartamentos serem entregues aos beneficiários.

Silva Neto referiu que dada à situação, serão adoptadas metodologias de trabalho que previnem as áreas comuns e a rede técnica.

No encontro, alertou os potenciais facilitadores da ocupação ilegal de apartamentos que se assim o fizerem vão arcar com as consequências civis e criminais.

Por outro lado, o administrador do Fundo Habitacional, Adilson Souza e Silva, fez saber que serão feitas obras de reparação, essencialmente na reposição de alguns bens vandalizados, acreditando que após esses trabalhos técnicos a serem executados em quatro a cinco meses os apartamentos deverão ser entregues.

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