Quinta, 28 de Março de 2024
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Sábado, 28 Novembro 2020 12:45

Familiares dão último adeus a Inocêncio de Matos e clamam por justiça pela sua alma

Os familiares, activistas cívicos e amigos do jovem Inocêncio de Matos, morto durante a manifestação de 11 de Novembro corrente, renderam a última homenagem ao activista, nesta manhã de sábado, 28, ainda que debaixo da chuva, na mesma altura em que, não conformados, clamam por justiça pela sua alma.

Os restos mortais de Inocêncio Alberto de Matos, vão repousar no Cemitério do 14, município do Cazenga, cujas causas da morte ainda não foram divulgadas oficialmente, numa altura em testemunha continuam afirmando que este, foi mortalmente baleado por um efectivo da Polícia Nacional, com um disparo na cabeça.

As mesmas testemunhas revelam que o jovem estudante de engenharia informática, teve morte imediata, na Avenida Brasil, imediações do Hospital Américo Boavida, onde o corpo esteve, durante quase três semanas, devido aos exames de que fora submetido para aferir as reais causas que estiveram na base da sua morte.

De acordo com dados, junto de advogados a par deste processo, a segunda autópsia, a pedido da família e advogados, foi realizada nesta quinta-feira as 14 horas, na presença de um fotógrafo que procedeu igualmente o requerido registro de imagens, antes dos exames ao cadáver, cujos resultados oficiais estão por se anunciar.

A PGR, em uma nota de 20 de Novembro corrente, entre outros assuntos, esclareceu que a margem do processo n° 11730/2020-DH, a decorrer trâmites legais no SIC, foi realizado no dia 13, ainda este, a primeira autópsia, tendo a perícia concluído que Inocêncio de Matos faleceu vítima de traumatismo craniano, com fracturas dos ossos, resultante de ofensa corporal com objecto de natureza contundente.

Vale recordar que, Inocêncio de Matos, morreu no dia 11 de Novembro corrente, por volta das 16, no Hospital Américo Boavida, em Luanda, segundo o relatório médico, pouco depois que este terá sido atingido por alegadamente um agente da Polícia Nacional, com uma bala da cabeça, durante a repressão contra os manifestantes, num dia que Angola celebrava os 45 anos de independência no país.

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