Marcelo justifica presença na investidura de João Lourenço com "amizade profunda" entre Portugal e Angola
O Presidente da República português destacou hoje, em Luanda, a "aproximação" entre Portugal e Angola fomentada por José Eduardo dos Santos ao longo de 38 anos como chefe de Estado angolano, mesmo com divergências pontuais.
Angola defendeu hoje nas Nações Unidas que a "pacificação do país foi definitivamente alcançada" e a "gradual consolidação da democracia é um facto", após a realização das eleições gerais, em que foi eleito um novo Presidente, João Lourenço.
O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, passeou esta segunda-feira pela capital angolana e nadou cerca de meia hora no mar, junto à ilha de Luanda, enquanto tenta acalmar as 'correntes' das relações entre os dois países.
Cerca de 30 chefes de Estado e de Governo são aguardados na terça-feira, em Luanda, para a cerimónia de tomada de posse do novo Presidente de Angola, João Lourenço, disse hoje à Lusa fonte da diplomacia angolana.
Separados por quase um ano, os despachos presidenciais 279/16 e 219/17 autorizam os Ministérios dos Transportes e das Finanças a desembolsar um montante global equivalente a 690,3 milhões de dólares para aquisição de 3.000 autocarros escolares, a duas empresas de nome diferente, mas com a mesma morada, responsáveis em comum, e um rasto de suspeitas de corrupção e branqueamento de capitais.
O ativista angolano Rafael Marques acredita que o novo Presidente de Angola apenas vai impor o poder através da repressão e sustenta que o compromisso de João Lourenço de combater a corrupção foi apenas uma promessa eleitoralista.
O Presidente da República vai participar amanhã, terça-feira, na tomada de posse de João Lourenço, mas hoje tem o dia livre em Luanda, cuja agenda não foi divulgada por Belém