Os partidos políticos da oposição afirmaram hoje, em Luanda, que a Assembleia Nacional "perdeu a luta contra a corrupção", ao não fundir as duas propostas de Lei sobre o Repatriamento de Recursos Financeiros Domiciliados no Exterior do País (Executivo) e de Lei do Regime Extraordinário de Regulação Patrimonial (UNITA).
A organização política CASA-CE acusou quarta-feira, em Luanda, o Ministério da Administração do Território e Reforma do Estado (MATRE) de extrapolar a lei, usurpando as atribuições legislativas da Assembleia Nacional (AN) em matérias sobre as autarquias.
Em causa está o relatório-denúncia sobre a teia de dirigentes que alegadamente têm dinheiro no exterior do país
O Governo angolano fechou um financiamento de 700 milhões de dólares (590 milhões de euros) junto de um banco internacional de origem suíça, para projetos estratégicos, de acordo com uma autorização presidencial a que a Lusa teve hoje acesso.
Quando faltam sete meses para 2019, ano anunciado para a realização das eleições autárquicas em Angola, os partidos políticos da oposição estão cada vez mas unidos contra o MPLA, que defende princípio do gradualismo na implementação das autarquias.
O partido no poder em Benguela acusa oposição de propagar políticas falsas para alcançar o poder em Angola, mesmo sem o merecer
A UNITA refutou os argumentos do MPLA, segundo os quais as propostas constantes no seu projecto de Lei do Regime Extraordinário de Regularização Patrimonial viola a legislação tributária em vigor.