A CASA-CE, segunda força da oposição angolana, acusou hoje o MPLA de ter "perdido a capacidade" para "colocar um travão aos excessos do seu presidente" com a escolha de Isabel dos Santos para liderar a petrolífera estatal Sonangol.
A intenção de formalizar, até mesmo apertar, o controlo político que o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, tradicionalmente exerce sobre o sector petrolífero, era evidente na reestruturação da Sonangol. Mas poucos acreditavam que o “chefe” pudesse ir longe ao ponto de nomear a sua filha, Isabel dos Santos, para a presidência da petrolífera estatal. Uma decisão que expõe o regime, já a experimentar adversidades económicas e sociais, a maiores críticas internas e externas.
Um grupo de juristas angolanos vai discutir no sábado a possibilidade de impugnar a nomeação de Isabel dos Santos como presidente do conselho de administração da petrolífera estatal Sonangol, a maior fonte de receitas do país. O advogado David Mendes, da associação cívica Mãos Livres, que organiza o encontro, afirmou ao PÚBLICO que esta “foi uma nomeação muito estranha, tendo em conta que Isabel é filha do Presidente e tem muitos interesses no mundo do petróleo e no mundo financeiro”. Assim, no caso de assumir o cargo, esses interesses “entrarão em colisão” com a Sonangol. “Estando num órgão tão importante como o conselho de administração faria negócio consigo mesma ou facilitaria negócios com o seu próprio grupo. Isso levanta suspeitas.”
A nomeação da empresária Isabel dos Santos para presidente da Sonangol é uma maneira de manter o poder na família de José Eduardo dos Santos, consideram vários analistas ouvidos pela agência de informação financeira Bloomberg.
O presidente da Frente de Libertação do Enclave de Cabinda - Forças Armadas de Cabinda morreu esta sexta-feira. Discute-se agora a sucessão no movimento que afirma que "Cabinda não é Angola"
A nova presidente do conselho de administração da empresa petrolífera estatal Sonangol, Isabel dos Santos, referiu hoje que a nova equipa de gestão vai “implementar um novo modelo para o setor petrolífero” e um “programa de transformação".
O vice-presidente do Grupo Parlamentar do MPLA João Pinto afirmou hoje, quinta-feira, em Luanda, despropositado o aproveitamento político que os partidos da oposição pretendem fazer, face ao incidente ocorrido na comuna da Capupa (Cubal), província de Benguela, que envolveu uma delegação parlamentar da Unita e populares locais, tendo causado a morte de três cidadãos.