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Quarta, 06 Julho 2016 13:27

FLEC-FAC apela aos portugueses nascidos em Cabinda para aderirem ao movimento

A Frente de Libertação do Estado de Cabinda - Forças Armadas de Cabinda (FLEC-FAC) apelou hoje aos portugueses nascidos no enclave para aderirem ao movimento separatista e participarem na luta pela independência.

O apelo está contido num comunicado, enviado à agência Lusa, em que a direcção política da FLEC/FAC o justifica por o "inimigo", as forças militares do Governo angolano, estar "cada vez mais feroz".

"Face a um inimigo cada vez mais feroz, a FLEC-FAC apela a todos os portugueses nascidos em Cabinda que integrem a FLEC-FAC na luta pelo direito à autodeterminação e pela dignidade do nosso povo, mas também pela honra da terra onde nasceram", lê-se no comunicado.

"No respeito da herança transmitida pelo Presidente Nzita Tiago (falecido em junho), a FLEC-FAC está aberta a todos os nossos irmãos portugueses nascidos em Cabinda, com quem partilhamos a mesma ânsia de liberdade para a Nossa Terra", acrescenta-se no documento.

Para a FLEC-FAC, todos os portugueses nascidos em Cabinda "têm o dever moral e patriótico" de integrar o movimento e participarem na "sagrada luta pela dignidade" do povo cabindês.

Nzita Tiago, o líder histórico do movimento que luta desde 1963 pela independência do enclave de Cabinda, morreu a 03 de junho último, tendo o seu filho, Emmanuel Nzita, assumido a presidência da FLEC-FAC.

Logo após a morte de Nzita Tiago e ainda antes da nomeação de Emmanuel Nzita como presidente, a FLEC-FAC anunciou um cessar unilateral das hostilidades durante um período de três meses, trégua que, argumenta, não tem sido respeitada pelo exército angolano.

O movimento original, a Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC), luta pela independência do território, alegando que o enclave era um protetorado português, tal como ficou estabelecido no Tratado de Simulambuco, assinado em 1885, e não parte integrante do território angolano.

De Cabinda provém a maior parte do petróleo angolano.

Criada em 1963, a organização independentista dividiu-se e multiplicou-se em diferentes facções, algumas delas efémeras, com a FLEC/FAC a manter-se como o único movimento que mantém a resistência armada contra a administração de Luanda.

© LUSA

 

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