Segundo a agência de notícias britânica, que cita "duas fontes com conhecimento do incidente", os invasores alcançaram a plataforma através de uma lancha. Já no interior, os autointitulados combatentes pela independência de Cabinda avisaram os trabalhadores estrangeiros para abandonarem o enclave.
"Eles ficaram na plataforma durante cerca de uma hora. Depois meteram-se no barco e desapareceram", relatou à Reuters uma fonte.
De acordo o mesmo testemunho, o incidente levou a Marinha angolana a reforçar o patrulhamento na região.
Para alguns analistas citados pela agência, o episódio pode representar uma nova etapa da luta independentista, na sequência da morte do presidente Nzita Henriques Tiago. Em causa poderá estar uma disputa pela liderança, com alguns militantes apostados em mostrar serviço ao novo presidente - Emmanuel Nzita -, e outros interessados em contestar o seu poder.
Com ou sem disputa interna, desde o início do ano que a tensão em Cabinda parece agudizar-se.
Num comunicado de Fevereiro, a FLEC/FAC dava conta que tem vindo a aconselhar "vivamente todos expatriados ocidentais que vivem em Cabinda a retirarem provisoriamente do território", e a "desaconselhar seriamente" as visitas de "todos os turistas e não residentes", garantindo a existência de um "estado de guerra".
Na mesma ocasião, a o braço armado da FLEC comunicava a morte a 47 soldados das Forças Armadas (FAA) Angolanas, na sequência de confrontos militares, informação posteriormente desmentida pelo Governo.
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