“Obviamente que o MPLA precisa dele, ele é líder do nosso partido e nós queremo-lo por muito mais tempo”, afirmou, em declarações à Lusa, à margem do encontro Perspectivas Económicas dos Países da CPLP.
Apesar de ter anunciado que deixa a política activa em 2018, José Eduardo dos Santos foi o único a avançar, até agora, com uma candidatura à liderança do partido.
A informação foi prestada pelo vice-presidente do partido que está no poder em Angola desde 1975, Roberto de Almeida, tendo acrescentado que o processo de recepção de candidaturas “continua aberto até finais de Junho”.
Para Higino Carneiro dentro do partido a ideia é: “Não queremos que ele saia”.
O Comité Central do MPLA aprovou a 11 de Março a candidatura de José Eduardo dos Santos à liderança do partido que será decidida no VII congresso, que se realiza entre 17 e 20 de Agosto e que vai preparar as eleições gerais de 2017.
De acordo com o comunicado final da reunião, a candidatura foi aprovada por unanimidade pelos 264 membros do Comité Central do partido, presentes ao evento, de um total de 311 que integram aquele órgão deliberativo.
Nesse mesmo dia, antes desta aprovação, o chefe de Estado havia anunciado que deixa a vida política activa em 2018, ano em que completará 76 anos.
“Em 2012, em eleições gerais, fui eleito Presidente da República e empossado para cumprir um mandato que nos termos da Constituição da República termina em 2017. Assim, eu tomei a decisão de deixar a vida política activa em 2018”, disse.
Lusa
