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Sexta, 15 Janeiro 2016 10:00

Novo governador de Luanda avisa que poder não está "na rua"

O novo governador da província de Luanda reafirmou hoje, aos membros do seu pelouro, que a segurança e a limpeza da cidade são as prioridades da missão que agora assumiu, avisando que o poder não está "na rua".

Higino Carneiro foi hoje apresentando pelo ministro da Administração do Território, Bornito de Sousa, numa cerimónia que contou com todos os membros do Governo Provincial de Luanda.

De forma a inteirar-se da situação da província, Higino Carneiro marcou para sábado a primeira reunião com os administradores municipais, que deverão então apresentar uma síntese sobre o estado de cada um dos municípios.

Segundo Higino Carneiro, a informação servirá para estruturar intelectualmente, e depois na prática com ajuda de todos, um programa que visa "dar a volta por cima" às dificuldades que a capital angolana apresenta atualmente, e sentir "nos próximos tempos alguma satisfação dos cidadãos".

"Sentimos queixumes todos os dias, nos mais variados domínios, e para falarmos deles, temos que os conhecer, saber por que razão eles existem, por que é que as pessoas reclamam, o que é que falta de nós", disse o general e dirigente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) Higino Carneiro.

No que toca à defesa e segurança, o governador marcou para segunda-feira a primeira reunião com as autoridades.

"Vamos, com alguma pedagogia, intervir, falando com elas, mas o que é certo é que não podemos deixar as coisas andarem de maneira que o poder esteja de facto na rua. Esta é uma preocupação que não é só minha é de todos, é do Presidente da República", disse o governador de Luanda.

A capital angolana tem sido palco, desde 2011, de manifestações de contestação ao Governo angolano, liderado desde 1975 pelo MPLA.

Na sua intervenção de hoje, o governador cessante, Graciano Domingos, fez um balanço da sua missão de cerca de 16 meses, exercida em momentos de grandes dificuldades financeiras em Angola.

Graciano Domingos agradeceu à população, que "nos momentos mais difíceis de recolha de resíduos sólidos na província de Luanda organizaram-se em campanhas voluntárias". Apontou ainda como missão cumprida as obras de recuperação do centro da cidade de Luanda.

"É uma obra que fica, que é uma obra que foi realizada, e que muito nos orgulha, podíamos ter feito muito mais, mas, no entanto, os recursos foram insuficientes", referiu Graciano Domingos.

Lusa

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