O Secretariado do Bureau Político do Comité Central do MPLA, em comunicado, diz ter tomado conhecimento, com preocupação, através das redes sociais, de que estavam em preparação pretensas marchas, em nome do partido, de apoio ao Executivo angolano, pelo recente ajustamento do preço dos combustíveis. “Não sendo verdade que o MPLA está na base da preparação de eventuais marchas, nesse sentido o Secretariado do Bureau Político do Comité Central denuncia mais esta manobra dos inimigos da paz em Angola, que, através do boato e da mentira, pretendem dividir o povo angolano e instalar a confusão generalizada”, sublinha o documento.
O secretariado do órgão de cúpula do partido maioritário em Angola frisa que, “perante mais esta farsa, em que, novamente, as redes sociais são utilizadas para violar o direito das pessoas, caluniar e veicular conteúdos enganadores, o MPLA não pode ficar indiferente, reiterando a sua posição inequívoca de garantir, através dos mecanismos do Estado democrático de direito, a segurança de uma Nação una e indivisível, onde a verdade seja o seu apanágio”.
No comunicado, é denunciada a tendência crescente dos seus opositores de criarem contas falsas na Internet, nas quais supostos militantes, amigos ou simpatizantes seus questionam ou ridicularizam o MPLA e o Executivo, com o propósito de confundir os internautas. “Neste momento em que Angola enfrenta uma crise económica e financeira, que saberá certamente ultrapassar, o Secretariado do Bureau Político do Comité Central do MPLA exorta os militantes, simpatizantes e amigos do partido e todos os cidadãos, de Cabinda ao Cunene e no exterior, a manterem-se firmes, vigilantes e unidos, bem como a denunciarem toda e qualquer manobra que vise causar confusão e desestabilizar o país”, lê-se no documento.
No dia 18 de Dezembro, o Chefe do Estado angolano e presidente do MPLA, José Eduardo dos Santos, falou sobre a necessidade de se alterar o actual clima moral tendente a predominar nas relações sociais, sob o impacto das novas Tecnologias de Informação e Comunicação. José Eduardo dos Santos, que dirigia à Nação a sua mensagem de Ano Novo, frisou que as redes sociais constituem uma conquista técnica e científica de toda a humanidade de que os angolanos devem beneficiar para melhorar o seu acesso ao conhecimento. No entanto, advertiu, “não devem ser utilizadas para violar o direito das pessoas e expor a vida íntima de quem quer que seja, caluniar, humilhar e veicular conteúdos degradantes e moralmente ofensivos”.
O Presidente da República disse que o país deve dispor, o mais depressa possível, de legislação adequada para orientar a sociedade e as instituições e reprovar e prevenir o surgimento deste tipo de práticas que são, a seu ver, inaceitáveis.
Jornal de Angola
