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Quinta, 07 Janeiro 2016 11:34

Candidatos Presidenciais acusa angola de corrupção e falta de independência" dos tribunais - Portugal

Candidatos presidenciais muito próximos no discurso, com Paulo Morais mais acutilante nas referências a José Sócrates, Brasil e Angola

Num debate dominado pela tema da corrupção, que começou com elogios de parte a parte ao caráter um do outro, Henrique Neto e Paulo Morais acabaram por coincidir na maioria dos pontos, nunca se aproximando sequer de qualquer divergência. A única diferença - que poderá ou não ter inclinado mais para o seu lado a audiência da SIC Notícias - foi a acutilância com que Paulo Morais abordou alguns temas quentes da justiça, do caso BPN a José Sócrates, passando por Angola e Brasil.

Em relação ao ex-primeiro-ministro, enquanto Henrique Neto evitou antecipar julgamentos, defendendo que cabe aos tribunais "resolver esta questão", Paulo Morais não hesitou em sentenciar: "Não tenho dúvidas de que José Sócrates é uma das caras da corrupção em Portugal", dando como exemplo os "milhões" que este "carrilhou" para as parcerias público-privadas.

Questionados pelo jornalista Anselmo Crespo sobre se Angola é ou não uma democracia, os candidatos mantiveram a mesma postura: Paulo Morais não hesitou em considerar este país, "uma democracia formal", como "um caso de corrupção", acrescentando que, caso seja eleito Presidente da República, fará questão de se deslocar primeiro a Angola e ao Brasil "para explicar que Portugal vai deixar de ser uma máquina de lavar da corrupção" nesses países.

Henrique Neto apontou falhas à democracia de Angola, nomeadamente a "falta de independência" dos tribunais e admitiu que Portugal tem de estar atento a fenómenos de corrupção - "temos de cumprir regras, nomeadamente da União Europeia".

Já em relação às relações internacionais em geral, defendeu que o futuro Presidente da República "terá de fazer declarações sem medo", incluindo no seio da União Europeia, dando o exemplo do tema da competitividade fiscal. "Como é possível que um país s eja competitivo se parte dos seus impostos são pagos noutros países, como a Irlanda?", questionou.

Ambos os candidatos assumiram-se contra o Acordo ortográfico em vigor e contra a presença da Guiné Equatorial na CPLP. Quanto ao melhor Presidente da República da história, Henrique Neto escolheu Ramalho Eanes e Paulo Morais Manuel de Arriaga.

DN

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