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Sábado, 05 Dezembro 2015 08:31

Nova liderança da UNITA é hoje conhecida

O novo presidente da UNITA é conhecido hoje, quando os delegados ao XII Congresso Ordinário do partido escolherem entre o líder cessante, Isaías Samakuva, e os deputados Lukamba Paulo “Gato” e Abílio Kamalata Numa.

Curioso é o facto de os três candidatos terem aderido ao partido no mesmo ano: 1974.

A grande responsabilidade está nas mãos dos cerca de 1.150 delegados que decidem hoje se continuam a ter como presidente Isaías Samakuva, que dirige o partido desde 2003, ou se elegem um novo líder entre Lukamba Gato e Kamalata Numa. Com base no regulamento, vence o candidato que obtiver 50 por cento mais um do total de votos. O presidente eleito toma posse ainda hoje e amanhã orienta a primeira reunião da Comissão Política do partido.

Um dia antes do começo do Congresso, os candidatos apresentaram aos delegados as suas moções de estratégia, um acto que terá servido para dissipar eventuais dúvidas por parte dos eleitores. Uma fonte do partido revelou que o encontro foi bastante participativo, tendo os delegados colocado várias questões aos candidatos. O encontro começou por volta das 16 horas e só terminou cerca das dez horas da noite.

Ontem de manhã os delegados estiveram a trabalhar em sub-comissões. Os resultados dos trabalhos terão sido apresentados ontem à tarde no Congresso, que, por sua vez, os aprova (com emendas ou não) em forma de resolução.

Ao apresentar a sua candidatura para mais um mandato de quatro anos, Samakuva justificou-a com a necessidade de “concluir a missão de preparar a UNITA para disputar a vitória nas eleições de 2017”. “Com esta candidatura, respondo positivamente aos vossos apelos e anseios, porque partilho da vossa convicção de que, como a mudança está a chegar, o trabalho de preparação da UNITA para disputar a vitória nas eleições de 2017 precisa de ser concluído pela mesma equipa que o iniciou”, sustentou.

No entanto, os outros dois concorrentes defendem que, depois de 12 anos de liderança de Isaías Samakuva, é chegado o momento de a UNITA ter um novo presidente. “Ou se prova definitivamente que a UNITA é um partido democrático com a mudança, ou se cria dúvidas e algum cepticismo com a continuidade”, considerou Lukamba Gato. Derrotado por Samakuva no Congresso realizado em 2003, o também general na reserva propõe-se protagonizar um “salto geracional” na direcção do partido e, desta forma, abrir o caminho para as novas gerações.

Abílio Kamalata Numa, outro general na reserva, considerou que Isaías Samakuva cumpriu o seu papel no partido e que agora deve haver uma nova liderança. “A UNITA, depois de 12 anos de transição, está obrigada a fechar o ciclo desta transição pela alternância”, afirmou.

Jornal de Angola

 

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